Internet ajudou na escolha do novo presidente da OAB

A internet foi uma ferramenta muito utilizada por advogados na campanha à presidência da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul). Foi através dela que o advogado Nello Ricci, 34 anos, definiu em qual dos dois candidatos iria votar.

Advogando há dez anos, Ricci contou que sua caixa de e-mails ficava lotada constantemente, tanto de mensagens do comitê de Ary Raghiant Neto quanto de Leonardo Duarte. "Conheci as idéias dos candidatos por e-mail", frisou ele, alegando que 90% das informações que tinha eram decorrentes da internet.

Advogado desde 1986, Walter Gazolla, 64 anos, explicou que a eleição foi muito democrática. "Cada um votou em quem quis".

Já Plínio Soares, 82, advogado há 52 anos, ressaltou que a organização da eleição foi muito boa. "Foi muito disputada e está reinando a democracia, isso é o que mais importa".

Sandra Bastos Pereira, 58 anos, advogada há 20 e já participou de sete eleições. "Avalio que o processo foi muito bom, os advogados exerceram seus direitos e o clima da campanha foi bom", lembrando que nessa disputa os "ânimos" ficaram muito acirrados.

Em sua primeira votação, Lucila Vilarins, 24 anos, lembrou do empenho dos advogados. "Achei as propostas boas, a Ordem só tem a ganhar", complementou, informando que apoiou Ary Raghiant.

Julio Guimer, 70 anos, advoga há 43 e já fez parte da primeira diretoria da OAB, em 1969. Ele avalia que as propostas, ao longo do tempo, são idênticas e que essa eleição foi intensiva, "parecia política profissional".

Para o advogado Valter Batista, 44 anos, houve muita ingerência político e isso atrapalhou, afinal, "a OAB é uma entidade de classe".

Eleições - Disputaram a eleição à presidência da OAB os candidatos Leonardo Avelino Duarte e Ary Raghiant Neto. O candidato da oposição, Leonardo, venceu 2.171 votos contra 1.735 de Ary.