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Cidades

Invasores não cumprem prazo e Agehab pedirá reintegração

Redação | 22/09/2010 16:59

As famílias que ocupam desde ontem o residencial Iguatemi, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, não cumpriram o prazo de desocupação determinado pela Agehab (Agência Estadual de Habitação) e esta informou que irá pedir a reintegração de posse.

Funcionários da Agência estiveram no residencial nesta tarde para verificar se as famílias haviam desocupado as casas após as 24h dadas como prazo, mas ao contrário de deixarem o local, mais invasores apareceram.

No local, o clima era tenso entre os ocupantes e os proprietários das casas e a Agehab orientou estes últimos a sequer falar com os invasores para evitar atrito.

Entre as famílias que ocuparam as casas, vários são os relatos de donos que foram ao local com truculência reivindicar a desocupação. Contudo, o Campo Grande News presenciou o contrário.

Quando o instalador de antenas Antônio Rubens Lemos de Oliveira, de 46 anos, chegou à sua casa encontrou ela ocupada. Mas, ao invés de conversar com uma invasora enfrentou a intimidação de pelo menos 30 pessoas.

Nervosa com a situação, a esposa dele, Deniuza Antônia da Silva, de 47 anos, insistia para o marido ir embora. "Não vamos entrar senão vamos ser invasores igual a eles", afirmava.

O casal explicou que a casa foi entregue com problemas no teto, vidro e fechaduras e que a Agehab ficou de fazer uma vistoria para que eles pudessem ocupar o local. Contudo, a invasão ocorreu antes disso. "Vou esperar pela lei", informou o proprietário ao deixar a área.

As famílias se mostram irresolutas e dizem que vão permanecer nas casas até que recebam outro local para morar. A dona-de-casa Luiza Rodrigues Martins, de 30 anos, diz que nesta noite fará a mudança para o local. "Agora a gente não vai mais ocupar, vamos nos mudar. Vou fazer cerca e trazer meu cachorro", diz.

A cozinheira Alcione Nascimento, de 32 anos, denuncia que o enteado foi tirado a força pelo dono de uma casa. "O homem chegou com um Eco Sport e encostou um revólver na cabeça dele mandando sair da casa", detalha.

Desempregado, Fernando Dias, de 19 anos, conta que os donos da casa ocupada por ele foram ao local pela manhã. "Ele chegou gritando, apavorando, e a mulher disse que colocaria as coisas dela para dentro", afirma.

Ele reclama que morava de aluguel e não tem para onde ir, por isso irá permanecer na casa onde está com a mulher e duas crianças. "Já estamos preparados para nos defender caso eles venham com violência", garante.

Questionado sobre qual seria a defesa, ele retifica e diz que nada será resolvido com violência.

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