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Cidades

Jacini diz não ter solução a curto prazo para Colônia

Redação | 09/01/2008 09:29

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, disse que "não existe uma solução a curto prazo para Colônia Penal Agrícola". Em visita hoje cedo ao local, onde ficam os presos do regime semi-aberto, ele defendeu como única alternativa a transferência para outra região de Campo Grande e criticou a reação negativa diante dessa possibilidade. "Seria a melhor solução, mas o problema é que políticos demagogos e a própria sociedade não aceitam a transferência para nenhum local." A saída, diante da resistência, seria investir em reforma da atual Colônia, o que dependeria de recursos do governo do Estado. Mas o secretário não fez qualquer previsão de início de obras.

Os escândalos envolvendo a Colônia Penal Agrícola são freqüentes em Mato Grosso do Sul. Na segunda-feira passada foram flagradas prostituas, drogas e bebidas entre os presos. Hoje, o saldo de mais um pente-fino feito pelos policiais foi de facas, mais drogas, celulares e presos pegos em flagrante voltando para o Colônia depois do horário determinado.

Durante as contagens, feitas a cada operação, sempre o número de detentos presente é menor que o registrado. No dia 7 faltavam 49 no momento da conferência e hoje não estavam no local 24 presos. No regime semi-aberto,o detento pode trabalhar durante o dia, mas tem de dormir na Colônia. "O que normalmente não ocorre", denuncia o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul, Fernando Anunciação

Ele concorda que a melhor alternativa seria a transferência, mas também defende que a Colônia seja transformada em um Centro de Reabilitação, o que custaria R$ 4 milhões. "Qualquer outra medida seria uma solução paliativa só por causa da repercussão ruim com os últimos fatos".

O maior problema ainda seria a superlotação, a falta de ações de ressocialização e, principalmente o número pequeno de agentes para garantir a segurança e a disciplina. Segundo Anunciação, em todo o Estado são 1,3 mil agente nos presídios, mas a quantidade ideal seria mais que o dobro. "o governo abriu concurso para apenas 400 vagas, mas a segunda fase ainda está pendente, "E ninguém sabe quando vai encerrar", diz Anunciação.

O risco é grande entre os funcionários, mas também é sacrificante para os presos, reclama o detento Davi Espinosa, de 45 anos. Preso por tráfico de drogas ele reforça que muitos têm de dormir em barracões, fora do prédio. "As condições são feias", resume.

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