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Cidades

Jovem diz que médico matou, acendeu cigarro e subiu som

Redação | 02/04/2010 15:26

Após atropelar e matar o comerciante Joaquim Araújo Dias Filho, o Boa, 41 anos, o médico urologista Nélson Antônio Gasperin, 51 anos, acendeu um cigarro e elevou ao último volume o som da caminhonete Ranger, que dirigia.

Apesar de ser médico, segundo o enteado da vítima, Luiz Paulo Teixeira, 19, o autor do crime não "tentou nem socorrer" a vítima.

Teixeira contou que estava no bar, ao lado do padrasto, no momento do acidente. Como só foi atingido de raspão, ele teve apenas ferimentos leves, nas pernas.

"Estava tão bêbado, que não podia ficar em pé, todo mundo viu", ressaltou o enteado sobre as condições do médico, já rebatendo uma das linhas da defesa, de que o motorista perdeu o controle por causa das condições da Avenida Mato Grosso, onde ocorreu o acidente.

Além de estar em boas condições, diz o jovem, a via conta com um quebra-molas a 200 metros do estabelecimento onde aconteceu a tragédia. Luiz Paulo contou ainda que a cidade está chocada com o caso, com medo de impunidade.

"Ele é médico e pecuarista, tem dinheiro", diz sobre Gasperin.

O corpo é velado na capela do cemitério municipal e será sepultado às 17h de hoje. O clima é de indignação no município, localizado a 370 quilômetros da Capital.

O Campo Grande News tentou falar com o advogado do médico, Ernani Fortunati, mas ele disse que não poderia falar. Também não retornou a ligação.

O motorista continua preso e responderá pelo homicídio.

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