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Cidades

Jovem envolvido em acidente com morte tem carro de racha

Redação | 12/08/2010 10:15

A Polícia Civil recebeu mais um laudo e reforça e tese de que o motorista do veículo envolvido no acidente que resultou na morte da estudante Mayana de Almeida Duarte, 23 anos, disputava racha por "esporte".

Anderson de Souza Moreno, 19 anos, dirigia carro Vectra do pai, o policial militar aposentado Roseno Moreno, quando colidiu contra o Celta de Mayana, no cruzamento da Avenida Afonso Pena e Rua José Antônio, no Centro de Campo Grande, dia 14 de junho.

No entanto, a Polícia Civil fez perícia em um Kadet do rapaz, que no dia do acidente estava em uma oficina mecânica na região do Bairro Universitário, onde Anderson mora.

De acordo com o delegado da 1ª DP (Delegacia de Polícia), responsável pelo inquérito, Márcio Custódio, o laudo feito no carro aponta que se trata de um veículo "preparado para racha".

O delegado revela que o carro é rebaixado e tinha "batidas" nas laterais típicas de quem disputa corridas.

"O laudo conclui que realmente era preparado para ter maior desempenho, ter mais estabilidade e aerodinâmica", ressalta o delegado.

Segundo Márcio, este é um dado muito importante para a investigação.

Ele afirma que contribui para a versão das testemunhas, as quais apontam que Anderson disputava corrida com o amigo Willian Jhonny de Souza Ferreira, de 25 anos, condutor de um veículo Uno.

A Polícia também já recebeu laudo que aponta a velocidade do carro dirigido por Anderson no momento do acidente.

Segundo a Perícia, o carro estava a 110 quilômetros por hora quando colidiu contra o Celta de Mayana.

Este é mais um indício que reforça o depoimento de porteiros de prédios vizinhos ao local do acidente.

Bebida - O delegado espera o laudo que poderá apontar se o jovem estava embriagado.

Anderson alegou que havia ingerido apenas duas latas de cerveja em um bar na Avenida Afonso Pena.

No entanto, o estabelecimento não vende cerveja em latas.

Em sites de festas e eventos ele é flagrado com uma garrafa de cerveja na mão.

A comanda do bar feita para Anderson e dois amigos indica que foram consumidas três doses de tequila e sete garrafas de cerveja.

Outra informação que o delegado aguarda refere-se ao histórico do motorista e a Polícia já descobriu que ele tem multa por avanço de sinal vermelho em alta velocidade.

Ainda conforme o delegado, o inquérito que apurou o outro acidente fatal em que Anderson se envolveu revela que ele dirigia desde os 10 anos de idade.

Em 10 de janeiro de 2007, o mesmo jovem, aos 16 anos, atingiu o motociclista Waldir Ferreira, 36 anos. Anderson conduzia um Opala quando bateu na moto Sundown dirigida por Waldir, que ficou internado por dois dias e faleceu. Este acidente ocorreu na Rua Fernandes da Fonseca, na região do Bairro Universitário.

Inquérito - A investigação está perto do fim e a Polícia aguarda que o procedimento está Fórum porque houve a necessidade de prorrogar o prazo para a conclusão dos trabalhos.

O delegado explica que somente quando receber todos os laudos e o procedimento decidirá se Anderson será indiciado por homicídio doloso ou culposo.

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