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Cidades

Juiz bloqueia bens de agência de MS que vendeu ingressos da Copa

Francisco Júnior e Edivaldo Bitencourt | 16/06/2014 09:57
Comunicado da DMX.
Comunicado da DMX.

A Justiça bloqueou parte dos bens de Lívia Maymone Coelho Neto, dona da agência Coelho e Neto, que vendeu ingressos da Copa do Mundo, mas que não foram entregues para os compradores. A decisão é do juiz 9ª Vara Cível de Campo Grande, Maurício Petrauski.

A agência tinha uma parceria a DMX Tours, empresa do Rio de Janeiro responsável pelo fornecimento dos ingressos, que está sendo investigada pela polícia carioca suspeita de aplicar um golpe na venda das entradas para a competição.

A ação contra a proprietária da agência foi ingressada pelo advogado Vladimir Rossi Lourenço, Rodrigo Marques Moreira, Guilherme Alcântara Carvalho e mais dois meninos que adquiriram as entradas para o jogo da abertura e da final do mundial de futebol. A negociação foi feita em julho do ano passado incluía, pacote de traslado dos hotéis aos estádios. O preço médio pago pelos torcedores foi de R$ 3,5 mil. 

As vítimas pedem indenização, com requerimento incidental de constrição em contas-correntes ou contas de investimento em instituições financeiras e bloqueio de veículos.

Na decisão, o magistrado justifica bloqueio “para assegurar o resultado útil do processo, em vista do prejuízo que os autores tiveram com a compra dos ingressos para a Copa 2104 que não foram entregues, e do elevado número de ingressos negociados pelos demandados, havendo, em tese, responsabilidade solidária dos Requeridos com a empresa de Turismo sediada no Rio de Janeiro, que teria agido de maneira ilícita”. No total, a agência vendeu 365 ingressos, conforme consta na decisão judicial.

Em Mato Grosso do Sul, além da Coelho e Neto, outras duas agências também firmaram parceria com a Ares Viagens e Turismo e Mundo Afora. No total, 422 pessoas foram lesadas na fraude no Estado. O prejuízo passa dos R$ 1,4 milhão.

As agências Mundo Afora e Ares Viagens e Turismo se comprometeram a reembolsar os clientes. Já a Coelho & Neto vai entrar na justiça para tentar reaver o dinheiro repassado a DMX.

A investigação está sendo coordenadas pela Decon (Delegacia do Consumidor) do Rio de Janeiro, onde a empresa fica sediada a DMX. No Paraná torcedores também foram vítimas da fraude. A justiça daquele Estado determinou o bloqueio dos bens do proprietário da agência carioca, Fábio Esperança Lemos Cajuhy.

Em sua página na internet, a DMX lamentou o ocorrido. “A DMX Tours informa aos clientes e parceiros que lamenta o transtorno ocorrido recentemente referente a venda de pacotes para Copa do Mundo no Brasil e quer tranquiliza-los comunicando que seu departamento jurídico está tomando as devidas providências para que todos que se sentiram lesados serem ressarcidos dos seus investimentos”, consta o comunicado.

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