ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 30º

Cidades

Juiz confiscou do crime 408 imóveis, 18 aviões e mais R$ 14 milhões

Lidiane Kober | 04/01/2014 17:50
Odilon defende mudanças na lei para garantir mais rapidez na venda dos bens recuperados (Foto: Arquivo)
Odilon defende mudanças na lei para garantir mais rapidez na venda dos bens recuperados (Foto: Arquivo)

Em oito anos, a Vara de Lavagem de Campo Grande, comandada pelo juiz federal Odilon de Oliveira, confiscou do crime organizado 250 imóveis urbanos, 158 rurais, 18 aviões, 17 mil bois, 890 veículos e mais R$ 14 milhões em dinheiro.

Do total, foram vendidos cerca de 250 veículos e o restante está nas mãos de depositários, como as polícias federal e estadual e entidades caritativas. Dos imóveis, apenas seis foram comercializados e em torno de 8,5 mil bovinos e os 19 equinos foram vendidos. Quatro aviões foram leiloados e outros cedidos para diversos Estados.

Os leilões dos produtos recuperados do crime renderam em torno de R$ 13 milhões, que, somados aos R$ 14 milhões retirados de contas e de aplicações financeiras, totalizam R$ 27 milhões. O montante foi depositado em contas individuais na Caixa Econômica Federal, que repassou o recurso para conta única do Tesouro Nacional.

De acordo com Odilon, a administração dos bens imóveis é terceirizada para uma empresa com estrutura suficiente para realizar as vendas por meio de leilões. “A Justiça Federal não tem estrutura, nem pessoal especializado para administrar tamanho estoque”, explicou.

Ele, inclusive, aproveitou para defender mudança na legislação a fim de garantir mais rapidez na venda dos bens recuperados. Pela lei, os imóveis só podem ser vendidos quando não cabe mais recurso da sentença penal condenatória. “Isto demora muito”, ponderou.

Odilon defende ainda a aplicação do dinheiro confiscado na prevenção ao uso de drogas. Segundo ele, no Brasil mais de 1,6 milhão de pessoas são viciadas só em crack, das quais 235 mil são menores de 18 anos.

Nos siga no Google Notícias