Juiz manda bloquear bens de jornalista que matou criança
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, determinou hoje o bloqueio de bens imóveis do empresário e jornalista Agnaldo Gonçalves, que responde pelo assassinato do menino Rogério Pedra.
A família havia solicitado a hipoteca dos bens, com o objetivo de garantir o pagamento de eventual indenização por danos morais e materiais, no valor de R$ 1,3 mil.
A ação foi movida pela mãe do garoto, Ariana Pedra da Silva, o avó de Rogerinho, João Afonso Pedra e o tio, Aldemir Pedra Neto.
Eles acusam Agnaldo de forjar uma separação consensual para realizar a partilha de bens com a esposa, com o propósito de eximir-se do pagamento de futura indenização pelos danos morais.
Com a decisão, Agnaldo não poderá vender imóveis, como casa ou terreno. A família havia pedido também a hipoteca de bens móveis, como carros e bloqueio de contas bancárias, o que foi indeferido pelo juiz.
Garcete também solicitou cópia da escritura pública de separação consensual, o que pode indicar irregularidade, já que na data da averbação, indicada pela acusação, o jornalista encontrava-se preso.
A família também entrou com novo pedido de prisão preventiva, mas não houve decisão sobre isso.
Agnaldo foi libertado no dia 8 de fevereiro, depois de 90 dias preso, desde 18 de novembro do ano passado, Gonçalves estava preso no Centro de Triagem.
A defesa alega que nunca houve a necessidade da manutenção da prisão, por Agnaldo ter endereço fixo e empresa na cidade e ter se apresentado após o crime.
Lembrança - No dia 18 de novembro do ano passado, no cruzamento da avenida Mato Grosso com a rua Rui Barbosa, Gonçalves e o tio do garoto, Aldemir Pedra Neto, se envolveram em uma briga de trânsito.
O jornalista efetuou quatro disparos, atingindo João Alfredo Pedra (avô de Rogerinho) e o menino, que foi baleado no pescoço e não resistiu ao ferimento.