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Cidades

Juiz manda empresário a júri por assassinato de tatuador

Redação | 04/08/2010 12:23

O empresário Miguel Bacargi Filho, de 42 anos, será levado a júri popular acusado de ser mandante do assassinato do tatuador Luciano Estevão dos Santos, o Johnny.

O crime aconteceu no dia 25 de março de 2008, no estúdio do tatuador, localizado no cruzamento das ruas Pedro Celestino e Barão do Melgaço, em Campo Grande. O autor dos disparos não foi localizado.

Já o policial aposentado Celino Antônio Cabral, de 60 anos, apontado como pessoa que agenciou a contratação do pistoleiro, não será levado a julgamento popular por falta de indícios que tenha participado do homicídio.

Na sentença de pronúncia, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, destaca depoimentos de amigos do tatuador, de Cássia (namorada de Johnny) e do delegado Luiz Carlos Rodrigues da Silva, responsável pelo encerramento do inquérito policial, além da transcrição de uma carta enviada pelo empresário para a esposa Natashi Vilhalva Gomes Bacargi.

Conforme a denúncia, Miguel Bacargi sabia do envolvimento amoroso entre Natashi e o tatuador, por isso mandou matar Johnny. "Inclusive, entrou emcontato por diversas vezes com a esposa da vítima, antes e após o crime, a fim de obter maiores informações sobre a traição".

Segundo os depoimentos, o tatuador não tinha desentendimentos ou brigas. Conforme uma testemunha, Jhonny contou que estava tendo um relacionamento com uma mulher casada, que conheceu na academia, mas que iria terminar pois era perigoso.

Já o delegado afirmou ter convicção quanto Miguel ser o mandante do crime. "Existindo dúvida razoável quanto ao acusado ser o mandante do crime, deve-se, no presente caso, incidir o princípio do in dubio pro societate [na dúvida, em favor da sociedade]", salienta o magistrado.

Na carta para Natashi, Miguel lamenta a atitude da esposa. "Deixei você ir na academia como uma recompensa à você pelos momentos que eu não podia estar com você,deixei você estudar, pensando que iria atingir a maturidade".

Ao fim da carta, afirma: "Quero que Deus alivie o meu sofrimento e tire da minha mente todo pensamento que me perturba, pois só de pensar que entre vocês houve beijos, abraços e encontros conforme ele te escrevia e eu li, eu penso na morte".

Bacargi será levado a júri por homicídio doloso, com motivo torpe e que dificultou a defesa da vítima. Ele ficará em liberdade até o júri.

Sem provas

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