Juiz manda prender ex-funcionário do Incra em Amambai
Na tarde de hoje, a Polícia Federal de Ponta Porã, cumpriu um mandado de prisão do ex-funcionário do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Antônio Cleto Silveira, que estava em Amambai. A ordem foi dada pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da Primeira Vara Federal de Mato Grosso.
Na prática, trata-se da suspensão de um hábeas corpus que libertou, no ano passado, uma quadrilha acusada de organizarem um esquema de falsificação de documentos para gerar indenizações milionárias em Mato Grosso, no qual Silveira estaria envolvido.
Ao todo devem ser presas 14 pessoas, sendo que a maioria delas no Estado vizinho. Segundo a Polícia Federal de Cuiabá, até o momento, seis dos oito mandados expedidos para a cidade foram cumpridos.
"O Incra com certeza hoje fomenta a indústria de grilagem de Mato Grosso, corrupção, fraude contra o erário e fomenta o desmatamento da floresta", declarou o procurador Mário Lúcio Avelar, responsável pela investigação que teve início em junho de 2007.
Ainda segundo o procurador, 53% dos projetos de assentamentos são irregulares. Os funcionários do Incra chegaram a fraudar mapas de terras e criarem conflitos para poder pedir a desapropriação de terras.
Avelar ainda atenta para o fato de que a quadrilha foi presa por envolvimento em apenas seis processos de desapropriação. "Em Mato Grosso, o Incra tem seiscentos projetos de assentamento. Logo, o prejuízo pode ser ainda maior", especula.
No ano passado, também foram presas pessoas nos municípios de Várzea Grande, Cáceres, Sinop e Itaúba, todos em Mato Grosso; Novo Horizonte (SP) e Tupassi (PR).
