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Cidades

Jurados condenam ex-funcionárias de clínica por aborto

Redação | 09/04/2010 14:36

Três anos depois de a clínica da ex-médica Neide Mota Machado, encontrada morta no ano passado, ter virado notícia nacional após ser fechada pela Polícia Civil sob a acusação de fazer abortos ilegais indiscriminados, quatro ex-funcionárias do local levadas a júri popular foram condenadas, nesta sexta-feira.

As penas variaram de 1 ano e 3 meses a sete anos de reclusão. As mulheres condenadas foram beneficiadas pela redução da pena em razão de serem primárias e por isso não ficarão em regime fechado. Elas vão cumprir pena em regime aberto ou semiaberto, pelo crime de aborto.

Foram julgadas a psicóloga Simone Aparecida Cantaguessi de Souza e as auxiliares de enfermagem Libertina de Jesus Centurion, Maria Nelma de Souza e Rosângela de Almeida. Das quatro, Rosangela recebeu a maior pena, de 7 anos.

Ela foi considerada culpada por cinco abortos, em dois deles a participação foi apontada como menor. A pena será cumprida em regime semiaberto.

A segunda maior pena foi da psicóloga Simone Canteguessi, considerada culpada por 5 abortos, em 4 deles com menor participação. A pena foi estabelecida em 6 anos e seis meses, que serão cumpridos em regime semiaberto.

A auxiliar Maria Nelma de Souza recebeu pena de 4 anos de reclusão, por 3 casos de aborto. Ela também cumprirá a pena em regime aberto.

Libertina Centurion foi condenada por 1 crime, com pena de 1 ano e 3 meses, que serão cumpridos em regime aberto.

A leitura da sentença pelo juiz titular da 2 ª Vara do Tribunal do Júri foi marcada por emoção. O marido de uma delas declarou que foi um julgamento injusto e a mãe chegou a desmaiar, tendo de ser atendida por um médico.

O júri começou ontem, às 8h, avançou até as 19h, quando foi suspenso, sendo retomado hoje, contabilizando 18 horas de plenário, menos que os 3 dias previstos inicialmente.

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