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Cidades

Justiça autoriza enterro de índio em fazenda

Paulo Fernandes | 29/09/2011 21:20

O juiz federal Eduardo José da Costa concedeu, nesta noite, autorização para que índios guarani-caiuá possam enterrar o também indígena Teodoro Recalde, de 33 anos, na fazenda São Luíz, no acampamento onde ele vivia, em Paranhos - na região Sudoeste de Mato Grosso do Sul.

A fazenda é reivindicada como sendo a terra indígena Y´poi e a comunidade quer que Teodoro Recalde seja enterrado no acampamento, alegando que a tradição deles prevê o sepultamento na terra ancestral. No local, vivem 70 famílias guarani-caiuá.

“Eles vão poder fazer o sepultamento; a decisão saiu nesta noite. O oficial de Justiça irá comunicar os proprietários da fazenda. Acredito que amanhã, pela manhã, Teodoro Recalde poderá ser sepultado”, afirmou o coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio) Silvio Raimundo.

O pedido do sepultamento na fazenda havia sido feito aos proprietários da fazenda, que recusaram. Por isso, representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do MPF (Ministério Público Federal) em Ponta Porã procuraram o magistrado federal.

Teodoro Recalde foi encontrado morto na madrugada de ontem, com sinais de espancamento, na fazenda Cabeça de Boi, no caminho para o acampamento onde vivia.

O corpo está na funerária da cidade. Segundo a Comissão de Direito dos Indígenas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), o indígena morto é primo dos professores Genilvado Vera e Rolindo Vera, professores que desapareceram em 2009. Genivaldo foi encontrado morto, com sinais de espancamento. Rolindo nunca foi achado.

A polícia investiga se o crime está relacionado à disputa de terra entre índios e proprietários rurais.

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