ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 25º

Cidades

Justiça manda despejar invasores de casas no Noroeste

Redação | 10/07/2010 08:32

Uma decisão liminar concedida na sexta-feira pelo juiz Paulo Cinotti, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, determinou o despejo das famílias que invadiram casas no Residencial Noroeste.

As casas foram construídas por meio de um convênio entre a Agehab (Agência Estadual de Habitação) e a Prefeitura de Campo Grande e, segundo a liminar, seriam entregues no dia 8 de junho aos moradores, mas 34 estavam invadidas.

As famílias afirmam que invadiram as casas por não terem onde morar e fazem críticas à forma como é feito o cadastro da Agehab. Com a presença dos oficiais de justiça e da Polícia Militar, móveis e utensílios foram sendo colocados para fora da casa, em meio a reclamações de uns e resignação de outros.

Para o despejo, foram deslocadas equipes da Polícia Militar, entre elas a Tropa de Choque e a Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais). A Tropa de Choque ficou a postos, que também levou cachorros, ficou a postos e alguns dos policiais acompanham as famílias retirando das casas os móveis.

A Agehab mandou um caminhão de mudanças e uma equipe que está auxiliando os moradores na retirada dos móveis.

Razões - Marliane Pinho, de 26 anos, afirmou que deixaria a casa, mas que ficaria em frente ao local, onde estão seus móveis. Ela está com dois filhos, de 2 e 3 anos, e com a mãe. "Não vou sair daqui", repetia. Ela disse que antes morava de favor.

A presença da PM e dos oficiais de justiça chamou a atenção e muitas pessoas estão nas ruas, observando o trabalho, e comentando.

Na casa ocupada por Janete Dias, de 33 anos, a preocupação era com a mãe dela, que estava passando mal com a determinação de saída.

Houve muita reclamação do cadastro feito pela Agehab para distribuir as casas. "O cadastro não privilegia as famílias de baixa renda", afirmou Marliane.

O coordenador jurídico da Agehab, Marco Antônio Rodrigues, que estava no local, defendeu o cadastro, afirmando que ele leva em consideração uma série de informações sobre as famílias. "Não é uma coisa bagunçada".

Sobre o despejo, disse que houve tentativa de negociação para saída pacífica, aceita por famílias de outro residencial na região ocupada, mas que no caso destas casas, as famílias se recusaram a sair.

Uma outra queixa feita, de quem foi beneficiado pelas casas não ocupa os imóveis por desinteresse, também foi comentada pelo advogado.

Segundo ele, a designação das casas foi recente e as famílias não tiveram nem tempo de se organizar para fazer a mudança, e as casas já foram invadidas.

Nos siga no Google Notícias