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Cidades

Justiça suspende interrogatórios sobre caixa 2 de Zeca

Redação | 24/03/2008 16:12

Decisões dadas hoje pelo desembargador João Batista da Costa Marques estendem benefício que já havia sido concedido ao ex-governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos a outros 5 réus, e mandam suspender interrogatórios que estavam marcados para amanhã e quarta-feira em uma das ações originadas da investigação do MPE (Ministério Público Estadual) acerca de um suposto esquema de desvio de dinheiro público durante os governos do PT no Estado, entre 1999 e 2006. Estavam previstos para amanhã os depoimentos da mulher que originou a denúncia, Ivanete Leite Martins, e do ex-secretário de governo, Raufi Marques. Só o dela foi mantido.

Ao todo, entre amanhã e quarta-feira, estavam previstos 8 depoimentos, incluindo o de Zeca. Além do de Ivanete,  só outros dois estão mantidos por enquanto, de empresários acusados de serem beneficiados pelo esquema, com a venda de notas frias.

Os despachos do desembargador mandam oficiar o juiz responsável pelo caso, Luis Carlos de Sousa Ataíde, da 2ª Vara Criminal de Campo Grande, de que o andamento do processo deve ser suspenso.

A decisão atende a pedido dos advogados dos réus. Eles solicitaram que o mesmo benefício concedido ao ex-governador fosse estentido aos seus clientes. O liminar foi dada pelo desembargador que, para a acusação, é considerado suspeito de julgar casos que envolvam Zeca do PT.

O MPE quer excluir ainda um outro desembargador, Claudior Miguel Abss Duarte, dos processos que envolvem o goverador. No caso de Costa Marques, a alegação é que ele é amigo do ex-governador, por quem foi nomeado para o cargo. Quanto a Abss Duarte, os promotores alegam que deveria ser considerado suspeito por ter ocupado a cadeira de governador, no lugarde Zeca, quando ele deixou a administração estadual, em 2006, para atuar na campanha dos candidatos do PT.Na decisão liminar, o pedido de afastamento foi negado.

Falta ainda o julgamento do mérito da questão.  Também não foi julgado ainda o mérito do pedido de suspensão da liminar que trancou a ação contra Zeca do PT. O julgamento já foi adiado várias vezes por falta de quórum desde o ano passado. Agora, está previsto para abril.

A denúncia de existência do esquema de desvio de dinheiro público já produziu, ao todo, de 12 ações relacionadas, envolvendo mais de uma centena de pessoas, que vão desde o ex-governador, o ex-secretário e ex-servidores que tinham cargo de confiança, empresários e profissionais de comunicação apontados como beneficiados pelas irregularidades. O escândalo surgiu em maio do ano passado, após uma entrevista da ex-servidora Ivanete Leite Martins, gravada em DVD, em que ela fala do desvido de verbas para formar Caixa 2. e as primeiras ações foram apresentadas em outubro. As denúncias do MPE apontam que mais de R$ 30 milhões teriam sido desviados.

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