Ladrão de malote participou de execução a mando do PCC

A Polícia faz relação do jovem preso por roubo de malote ontem no centro de Campo Grande com o assassinato do detento Emerson Pereira de Oliveira, no dia 28 de junho, no bairro Nova Lima.

O preso do semi-aberto estava em casa, de licença médica, quando foi executado. Ele já tinha recebido ameaças de morte do PCC (Primeiro Comando da Capital), por ser considerado informante de agentes penitenciários.

O Serviço Reservado e a equipe do Tático do 9º Batalhão da PM prenderam Wuderson Rodrigues, de 19 anos, perto do local onde foram encontrados suspeitos do assassinato, no mês passado.

Agora, ele foi preso pelo assalto a um funcionário da empresa Campo Grande Diesel, na avenida Fernando Correa da Costa.

O dinheiro, cerca de R$ 25 mil, não foi recuperado. Segundo Wuderson, a "encomenda" já havia sido repassada a membros do PCC.

A PM informa que o rapaz confessou também roubo a farmácia no Bairro Estrela Dalva e de duas motos, junto de um comparsa, conhecido como Marquinhos.

Com ele, foi encontrada uma moto Twister, também roubada.

A Polícia está convencida de que Wuderson teve participação em vários outros assaltos, sempre por ordem da facção criminosa, que comanda o crime de dentro do Presídio de Segurança Máxima.

Mirim - Segundo o Serviço Reservado, é cada vez mais evidente a atuação do PCC em Campo Grande, que há um ano e meio implantou o PCC Mirim na Capital, usando menores de idade para crimes, principalmente, seqüestros relâmpagos e roubo de camionetes.

Há 3 meses, um foragido de São Paulo foi capturado na Capital e revelou a hierarquia do grupo de aprendizes da facção, garante a PM.

Com informações do homem, conhecido como "Prudente", foi possível elaborar uma lista de garotos que integram o PCC Mirim, todos reincidentes que já passaram por Uneis do Estado.