ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Cidades

Ladrão pode ter atirado porque foi reconhecido por garoto

Redação | 17/02/2010 14:45

O ladrão que matou um adolescente em assalto ocorrido no Jardim Tarumã, em Campo Grande, por volta das 11h de hoje, pode ter atirado ao ver que o menino havia reconhecido ele.

Uma testemunha do crime contou à PM (Polícia Militar) que o assaltante estudava na mesma escola que Paulo Henrique Rodrigues, de 17 anos, que cursava o segundo ano do Ensino Médio.

A informação ainda não foi confirmada pelos policiais, que fazem rondas na região onde ocorreu o crime, na tentativa de encontrar o autor dos disparos e o comparsa que estava com ele. Ninguém foi preso até o momento.

Paulo Henrique trabalhava em uma bicicletaria no cruzamento das ruas Acaia e Itaoca, quando o mercado de seu avô foi assaltado. A mãe e a tia do menino estavam no caixa, quando um adolescente chegou armado e anunciou o assalto.

Neste momento, era feito o pagamento a um entregador de leite. Depois que o ladrão pegou o dinheiro e saiu do local, o entregador saiu atrás gritando "pega ladrão", na versão da mãe do adolescente baleado, Maria Aparecida dos Santos.

Ela também gritou pedindo por socorro após o assalto, conta o avô do menino, o comerciante José Adilson dos Santos, de 58 anos.

Neste momento, o adolescente que trabalhava na bicicletaria do outro lado do cruzamento percebeu a movimentação. Foi quando o ladrão disparou em sua direção. Ele foi socorrido por um familiar, mas já chegou morto ao posto de saúde.

"Estava em casa quando ouvi os gritos, saí correndo e vi o menino atirando", conta o irmão de Paulo Henrique, Rafael Henrique Rodrigues, de 20 anos.

Ele garante que o irmão não estava atrás do assaltante, o que contraria uma das suspeitas do avô de que ele havia tentado reagir ao assalto e reforça a da testemunha de que o ladrão atirou apenas porque foi reconhecido.

Essa foi a terceira vez que o mercado no Jardim Tarumã foi assaltado, conta o comerciante José Adilson. A última foi há apenas 15 dias.

Tragédia - A namorada de Paulo Henrique, uma adolescente de 14 anos, conta que ele trabalhava o dia todo, estudava à noite e não se envolvia em brigas. No final de semana, o sábado também era de trabalho e o domingo dia de descansar e namorar.

Os dois estavam juntos há um ano e 8 meses e as famílias aprovavam o relacionamento. No 2° ano do Ensino Médio, o adolescente ainda não sabia que faculdade queria cursar, mas já trabalhava há anos.

Ele era o segundo filho de Maria Aparecida, tinha dois irmãos mais novos e um de 20 anos. Este último, Rafael Henrique, estava visivelmente abalado com a tragédia e não se conformava com o fato do assaltante ter atirado no irmão.

Nos siga no Google Notícias