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Cidades

Laudo diz que tiro que matou policial não foi acidental

Redação | 23/04/2009 10:05

O tiro que matou a policial civil Elaine Yamazaki, de 35 anos, na madrugada do dia 13 de março, em Campo Grande, não foi acidental. Essa é a conclusão do laudo pericial, que foi entregue à Polícia Civil nessa quarta-feira.

De acordo com o delegado que investigou o caso, Fabiano Gastaldi, a conclusão do laudo é incompatível com a versão apresentada pelo réu confesso do crime, o também policial civil Cleideval Antônio Vasques. Ele alegou que o tiro foi acidental.

O laudo aponta que o tiro saiu de cima do porta-luvas do carro de Elaine, a uma distância de 15 centímetros, de cima para baixo e da direita para a esquerda. O tiro atingiu o rosto da policial.

Os dois estavam dentro do Fiesta de Elaine. Ela no banco do motorista, ele, no do passageiro. Vasques disse à Polícia que o tiro acidental saiu quando ele colocava a arma em cima do porta-luvas.

A vítima voltava para casa, depois de sair da aula na Universidade Estácio de Sá, onde cursava Direito. No caminho foi abordada pelo policial que estava em uma motocicleta e pediu para Elaine parar o veículo.

Houve a constatação de que, alem de não dar chance de defesa a Elaine, ele fugiu sem prestar qualquer socorro.

Vasques foi preso logo após o crime. Testemunhas indicaram a moto utilizada pelo autor e colegas de Elaine lembraram que Vasques tinha o mesmo modelo de veículo. Diante das evidências, Vasques confessou o crime.

O inquérito do caso foi concluído em 10 dias. Cleideval foi indiciado por homicídio doloso qualificado pela omissão de socorro.

A acusação também sustenta crime por motivo fútil, porque segundo depoimento do próprio Cleideval, ele procurou Elaine porque queria "explicações" da

vítima sobre alguns recados deixados por ele na página dela no Orkut

Na data do crime, o Campo grande News falou das mensagens trocadas pelos dois no Orkut. Cleideval mandava flores virtuais à Elaine que respondia ressaltando "amizade" entre os dois. O policial garante que mantinha um relacionamento amoroso com a colega, que era casada.

Vasques está preso. Ele chegou a pedir liberdade provisória, que foi negada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

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