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Cidades

Leis de países vizinhos influenciam a vida na fronteira

Redação | 06/01/2009 14:55

As populações que vivem nas fronteiras com a Bolívia e o Paraguai sempre tiveram uma vida privilegiada com relação às que vivem mais afastadas, pelo menos no que diz respeito à aquisição de produtos, que nestes países são bem mais baratos que no Brasil.

Mas isso está mudando. Leis, recentemente editadas, nos dois países vão encarecer os produtos para os brasileiros. No caso no Paraguai, a nova lei atinge a todos indistintamente, porém a lei boliviana é direcionada aos estrangeiros.

Um decreto editado pelo governo da Bolívia determina uma taxação extra para os estrangeiros que compram combustíveis boliviano. Segundo o decreto, quem não tiver um carro com placas da Bolívia vai ter de pagar 221% a mais por litro de gasolina e 249% a mais por litro de óleo diesel.

Os corumbaenses, que eram acostumados a cruzar a fronteira para encher os tanques dos carros, agora estão comprando combustível do lado de cá.

Agora, a gasolina que custava 3,74 pesos bolivianos, ou seja, R$ 1,38, passou a custar R$ 3,00 o litro. Já o óleo diesel foi reajustado de 3,72 pesos para 9,27 pesos, o que em Reais, resulta em um salto de R$ 1,37 para R$ 3,43. Nos postos de Corumbá, o litro da gasolina oscila entre R$ 2,79 e R$ 2,81.

Muamba - Já no Paraguai a situação também complicou para quem cruza a fronteira para fazer compras. Isso porque medidas para combater a sonegação fiscal deve ter efeito direto sobre o preço dos produtos. Segundo estimativas do comércio de Pedro Juan Caballero, o arrocho deve aumentar o preço dos produtos em 7%.

"A partir de agora todos os comerciantes que comprarem produtos das zonas importadoras em Cidade de Leste e Assunção vão ter que declarar todas as mercadorias. Sabemos que antes isso não acontecia", diz o secretário da Câmara de Comércio do Paraguai, Tomás Medina.

Além disso, o imposto de renda paraguaio vai afinar a malha, passando a taxar os trabalhadores que ganham mais de US$ 2 mil.

Mesmo com o aperto fiscal, alguns comerciantes de Pedro Juan Caballero estão otimistas e dizem que as medidas não influenciaram no preço final dos produtos.

"Nós já pagávamos todos os impostos antes mesmo desse embate do governo. Portanto, não haverá nenhuma diferença para nós ou para nossos clientes", comenta Rodrigo Bermejo, diretor de Marketing do Shopping China.

(Com informações do Diário Corumbaense)

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