ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Pesquisa mostra que livros didático-religiosos trazem conteúdo homofóbico

Paulo Fernandes | 30/11/2011 21:56

Levantamento da antropóloga Débora Diniz sobre o ensino religioso revelou que alguns dos livros didáticos mais aceitos pelas escolas do governo federal contém expressões homofóbicas, ou seja, que incentivam a discriminação contra os gays.

Em “Todos os jeitos de crer”, de Dora Incontri e Alessandro Bigheto, são usados termos como “desvio moral”, “doença física ou psicológica”, “conflitos profundos” e ao tratar do tema homossexualidade.

O livro para o ensino religioso, que é distribuído nas escolas públicas, também afirma que “anatomicamente, o homossexualismo (sic) não é natural, e que se isso se tornasse uma regra, a continuidade da raça humana estaria ameaçada”.

Conforme o site Última Instância, o ensino religioso nas escolas públicas é previsto no Brasil desde a Constituição Federal. O artigo 33 da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) permite que o conteúdo do ensino religioso seja definido pelos sistemas de ensino sem que haja formas de regulação ou acompanhamento do Ministério da Educação. É a única disciplina em que o Estado abre mão do seu poder fiscalizador ou de definição de conteúdo.

Atualmente, a educação religiosa se divide em confessional, interconfessional e história das religiões. Em Mato Grosso do Sul e na maioria dos estados, ainda conforme o site Última Instância, é aplicado o ensino interconfessional, fruto de um acordo entre diferentes vertentes religiosas, para a definição do conteúdo a ser oferecido nas escolas.

Já o ensino confessional é oferecido no Acre, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro por professores ou orientadores religiosos credenciados por igrejas ou entidades religiosas.

E em São Paulo é aplicada a disciplina história das religiões, que trata a religião como um fenômeno sociológico das culturas, sendo ministrado por professores de filosofia, sociologia ou história.

Nos siga no Google Notícias