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Cidades

Mãe de irmãs mortas no Japão embarca para SP em busca de visto

Filipe Prado | 07/01/2016 15:30

Maria Aparecida Amarilha Scardin, mãe de Akemi e Michelle Maruyama, encontradas mortas no Japão no dia 29 de dezembro do ano passado, vai embarcar para São Paulo na madrugada desta sexta-feira (8), às 5h30. Ela pretende buscar as duas netas, de cinco e sete anos, e trazê-las para o Brasil, junto com a urna, onde foi colocada as cinzas das filhas, e o cachorro da família.

O amigo de Maria, Márcio Oshiro, contou que ela irá amanhã para a Embaixada Japonesa em São Paulo, para conseguir o visto. “O documento já está pronto e já tomou todas as vacinas. Ela só precisa assinar o visto”, contou. Ainda amanhã ou sábado (9), a mãe das vítimas deve embarcar para o Japão.

Ele afirmou que recebeu um comunicado do Japão, dizendo que os netos de Maria poderão ir para o Brasil, mas ela deve providenciar a viagem das crianças. “Estamos arrecadando doações em dinheiro e também em amizade, para poder correr atrás dos trâmites”, lembrou Márcio.

As passagens para o Japão e São Paulo foram doadas por desconhecidos, mas Márcio revelou que a ajuda maior vem de uma pessoa, que ele não quis dizer o nome, mas não possui descendência brasileiras ou japonesa, mas mora no Japão. “Foi uma pessoa que se sensibilizou com o caso”, declarou.

A viagem de Maria deve demorar 36 horas. Após sair de São Paulo, ela deve para em Istambul, na Turquia, depois seguir para Tóquio. A empresa onde as filhas trabalhavam deve buscá-la e levá-la até o local onde estão os netos e apartamento das filhas. Ainda não se sabe quanto tempo ela deve permanecer no Japão.

“Ela é uma avó muito boa e humilde. Trabalha como diarista”, contou Márcio. Ele deve levá-la até o aeroporto por volta das 2h da madrugada. A família está aceitando doações de qualquer valor. A conta para depósito é do Banco do Brasil, número 13176-8, agência: 2951-3.

Crime - Os corpos foram encontrados depois que bombeiros foram acionados para conter um incêndio no apartamento onde elas estavam. O principal suspeito é o marido de Akemi, o peruano Tony La Rosa, que está preso.

Akemi vivia no local com os duas filhas dela, uma de três e outra de cinco anos, que estão sob proteção da polícia. Elas moravam há 12 anos no distrito Ippongi-choum, na cidade de Handa, no Japão.

A polícia acredita que o incêndio foi causado por gasolina, espalhada propositalmente no local após as duas mulheres serem mortas. Um galão de 5 litros de gasolina foi encontrado sobre a pia da cozinha.

Akemi e Michelle serão cremadas, segundo a mãe, e somente as urnas com as cinzas serão trazidas para o Brasil.

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