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Cidades

Mãe diz que filho nunca reclamou de violência na escola

Redação | 19/02/2009 21:01

Atordoada diante do risco de morte do filho de 12 anos, Dária Souza da Rocha diz não entender o que aconteceu na tarde de hoje, dentro de uma escola da rede municipal em Campo Grande.

"O menino deu quatro facadas nele. Eu posso perder meu filho", repete a mãe, dona-de-casa de 41 anos. A notícia chegou aos pais por volta das 15h30, por intermédio da supervisora da Escola Municipal Carlos Vilhalva, no Jardim Aeroporto.

"Faz só oito dias que ele está nessa escola. Eu sempre perguntava se ele estava gostando e ele dizia que sim".

O garoto, filho mais velho e aluno do sétimo ano, foi esfaqueado por outro colega no meio da tarde. A prefeitura informa que o responsável pela agressão tem 13 anos e é um aluno especial, portador de deficiência mental.

O motivo, a circunstância, os detalhes sobre quem agrediu o filho, para a mãe parecem importar menos neste momento. Depois de cerca de 3 horas de cirurgia, acompanhadas do lado de fora da sala de operações, Dária parece exausta e ainda chora muito, mas só pensa na recuperação do garoto, agora em coma.

A família é simples, mora no Jardim Sayonara há 20 anos. O pai, Jaime Cardoso, de 48 anos, é segurança. A mãe trabalha em casa e diz acompanhar de perto a rotina do filho na escola da rede municipal, considerada de estrutura modelo. "Ele mudou pra lá este ano, assim como os amigos. Antes todo mundo estudava lá na Vila Eliane", conta a mãe.

As perfurações foram graves na região do tórax e fizeram o menino perder muito sangue. O atendimento rápido de emergência feito pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) garantiu a drenagem da hemorragia que impedia o funcionamento do pulmão e preservou a vida do garoto até o procedimento mais complexo no hospital.

"Meu filho é tranquilo, não dá problema", comenta a mãe que novamente começa a chorar. A família está recebendo apoio de assistente social da prefeitura.

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