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Cidades

Marcha pede fim da morosidade e mais transparência no Poder Judiciário

Jéssica Benitez e Viviane Oliveira | 25/07/2013 17:40
Multidão pede fim da morosidade na Justiça e da impunidade em MS (Foto: Marcos Ermínio)
Multidão pede fim da morosidade na Justiça e da impunidade em MS (Foto: Marcos Ermínio)

Cerca de 700 pessoas participam, na tarde desta quinta-feira (25), da Marcha pela Justiça, organizada pela OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil seccional de Mato Grosso do Sul). Eles pedem mais transparência nos gastos do Poder Judiciário, o não fechamento de comarcas, o aumento do expediente de seis para 10 horas diárias no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), reforma política e eleições limpas.

Os manifestantes saíram da sede da ordem e agora seguem para o  Tribunal de Justiça, no Parque dos Poderes, com objetivo de entregarem ao presidente do órgão, desembargador Joenildo Chaves, uma carta com reivindicações.

Eles também pediram o fim do crime de pistolagem. Munidos de faixas e cartazes, os manifestantes cantam o hino nacional e clamam por uma Justiça mais limpa.

Os prefeitos de Angélica e Dois Irmãos do Buriti, Luis Carlos Milhorança e Wlademir de Souza Volk, respectivamente, engrossam o manifesto. Ambos estão ameaçados de perder as comarcas conforme resolução do TJ/MS. Ontem à tarde o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) deferiu pedido de liminar impedindo à desinstalação das comarcas de ambas as cidades. A decisão foi do conselheiro Sílvio Luis Ferreira Rocha.

Em Angélica, a comarca chegou a ser fechada. “Mas espero que seja aberta com a decisão do CNJ”, disse Milhorança. Em Dois Irmãos do Buriti a desinstalação não chegou a ocorrer. “Se fechar será um retrocesso. A população terá que andar, no mínimo, 82 km para encontrar a comarca mais próxima que fica em Aquidauana”, exemplificou.

O presidente da OAB/MS, Júlio Cesar Rodrigues, considera que o grande gargalo da Justiça seja a morosidade do Poder Judiciário e aponta três itens para mudar o cenário. “Precisamos de expediente cheio no TJ, que o Tribunal compartilhe informações com outras instituições e aproximação da população e o poder. Tem países que o cidadão escolhe o magistrado”, avaliou.

A carta foi assinada por várias entidades como Caixa de Assistência aos Advogados do Estado, sindicatos dos Policiais Federais, Civis, Militares e Bombeiros, Escola Superior de Advogados de Mato Grosso do Sul, Sindjus, Associação Brasileira de Odontologia, Famasul, Movimento de Combate à Corrupção e Movimento Popular de Campo Grande.

Presidente da OAB liderou ato na Capital (Foto: Marcos Ermínio)
Presidente da OAB liderou ato na Capital (Foto: Marcos Ermínio)
Faixas e protestos ocorreram da OAB até o Tribunal de Justiça (Foto: Marcos Ermínio)
Faixas e protestos ocorreram da OAB até o Tribunal de Justiça (Foto: Marcos Ermínio)
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