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Cidades

Menina de 5 anos morre afogada em poço na Vila Popular

Redação | 16/01/2009 16:58

Por volta das 16h30, a mãe de Daiane sentiu falta da filha de 5 anos. Quando saiu para procurar a menina, foi avisada por outra criança que um par de chinelos boiava sobre a água de um poço, que fica bem em frente a casa da família, era de Daiane.

Sem acreditar no pior, mãe, pai, parentes e vizinhos ainda saíram pela região da Vila Popular, onde vivem, em busca da criança. Antes, chamaram os bombeiros.

Quando três equipes chegaram ao endereço, na rua Rádio Maia, um dos mergulhadores entrou no poço para procurar Daiane, poucos minutos depois saiu com o corpo da menina, morta.

A cena foi acompanhada por muitas crianças, com rostos assustados diante do que aconteceu hoje com Daiane.

A família morava há apenas um mês na Vila Popular, mas em um lugar perigoso. Bem em frente, a cerca de 20 metros do portão da casa simples, existe uma região de brejo, normalmente alagada, dizem os moradores. Existe uma nascente no local.

Logo na entrada do terreno estão dois poço, de cerca de 3 metros e meio de profundidade. Com a chuva dos últimos dias, estão completamente cheios.

A tia de Daiane, Jussara Gomes de Oliveira, de 22 anos, conta que a menina nunca saia sozinha de casa, costumava ficar brincando com os outros dois irmãos mais novos. Muito nervosa e chorando, ela diz não saber como a menina conseguiu sair sem ser vista. "Acho que ela foi brincar no poço e acabou caindo".

Transtornados com a tragédia, moradores da região reclamam do terreno baldio, com o matagal alto e poços de fácil acesso, armadilhas para as crianças.

Segundo a vizinha, Nilsa da Silva, no local foi iniciada uma construção há muito tempo, mas ninguém sabe apontar a quem pertence o área. No terreno ainda existe muito lixo.

A região é muito pobre, e no entorno são realizadas obras de drenagem e alargamento de vias, com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), para combater enchentes.

Os moradores dizem que terra foi tirada do local para as obras, o que favoreceu ainda mais o alagamento na área, que já é um pântano. Vizinhos dos pais de Daiane reclamam da "falta de cuidado" do poder público.

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