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Cidades

Mesmo com críticas, prefeituras de 37 municípios de MS estão no "Mais Médicos"

Jéssica Benitez | 24/07/2013 17:09

Anunciado no início deste mês pelo Governo Federal, o programa “Mais Médicos” conseguiu atrair prefeituras de 42% das cidades sul-mato-grossenses. Dos 2.552 municípios brasileiros que aderiram à medida, 37 são de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande. O número pode ser ainda maior, tendo em vista que as inscrições vão até às 0h desta quinta-feira e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde.

Além da Capital, Corumbá, outra cidade de grande porte, está na lista de inscritas. Das 37, oito estão em áreas do Estado consideradas de maior vulnerabilidade e, portanto, prioritárias. No ranking de regiões que abraçaram o Mais Médicos, o Centro-Oeste aparece em último lugar com 206 prefeituras inscritas, quase empatado com o Norte que teve 207 municípios interessados.

O Sul apresentou 620 cidades e o Sudeste 652. Confirmando o apoio ao governo petista, o Nordeste é o campeão com 887 prefeituras dispostas a participar da medida. O programa faz parte do pacote de melhorias anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) após inúmeros protestos por todo o Brasil exigindo serviços públicos de mais qualidade, sendo a saúde uma das principais reivindicações.

“Com este programa estamos enfrentando um dos grandes desafios da saúde pública brasileira, que é levar mais médicos para perto da população, especialmente para as regiões onde faltam profissionais. Sabemos que um médico junto da população faz diferença. Além disso, estamos fortalecendo a atenção básica, que é capaz de resolver 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de recorrer a um hospital”, esclarece o ministro, Alexandre Padilha.

Polêmica – Logo depois de ser lançado, no dia 08 de julho, o programa recebeu inúmeras críticas por parte de médicos de todo o País. A maior reclamação está relacionada a vinda de médicos cubanos que, conforme o primeiro anúncio, não passariam pela prova de revalidação do diploma em terras tupiniquins. Depois de tamanha repercussão, Padilha garantiu que avaliação será aplicada.

Outro ponto bastante questionado foi a exigência de que todos os estudantes de medicina, independente de a faculdade ser pública ou privada, terão que trabalhar de forma remunerada na rede pública de saúde por dois anos, antes de se formarem. Alguns profissionais também criticaram a bolsa ofertada pelo programa que prevê ajuda de custo de R$ 10 mil por mês, considerado um valor baixo para a profissão.

Planejamento – Médicos brasileiros terão prioridade na hora da contratação. Em 1º de agosto será divulgada a relação de profissionais com registro profissional no Brasil que terão de homologar a participação e assinar um termo de compromisso até 3 de agosto.

Dois dias depois, as escolhas serão validadas no Diário Oficial da União. As vagas remanescentes serão divulgadas em 6 de agosto. O processo de escolha nesta segunda etapa vai até 8 do mesmo mês e os resultados serão publicados em 13 de agosto. A prioridade nas vagas será de médicos brasileiros, e somente as que não forem preenchidas serão oferecidas aos estrangeiros.

Cidades – Os municípios sul-mato-grossenses que já se inscreveram são: Amambai, Bodoquena, Brasilândia, Campo Grande, Caracol, Chapadão do Sul, Corguinho, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Coxim, Dois Irmãos do Buriti, Glória de Dourados, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaquirai, Ivinhema, Japorã, Jaraguari, Jardim, Jatei, Ladário, Miranda, Mundo Novo, Nioaque, Paranaiba, Paranhos, Pedro Gomes, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Santa Rita do Pardo, Selviria e Sete Quedas.

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