Ministério, Ibama e ONGs pedem ação conjunta no Pantanal
Em reunião hoje pela manhã, na sede do Ibama em Campo Grande, representantes do Ministério do Meio Ambiente e de ONG's que atuam no Pantanal discutiram atuação conjunta na defesa do bioma em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraguai e Bolívia.
Egon Krakhecke, ex-governador de MS e hoje secretário de Extrativismo e Manoel Pereira de Andrade, da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente participaram do debate.
O grupo lembrou da necessidade de atuação conjunta entre os 3 estados e também da sociedade e entidades.
Uma nova reunião foi marcada para o início de dezembro com a ANA (Agência Nacional de Águas).
Algumas da principais preocupações é a situação dos rios da região pantaneira que envolve desde o assoreamento do Taquari, do Rio Paraguai até o completo desaparecimento de dois córregos na região do Maciço de Urucum, "resultado ambiental provocado pela produção de minério no complexo de Urucum e da atuação das siderúrgicas no pólo industrial de Corumbá. Contribuem para essa situação, os desmatamentos dentro do pantanal e nas cabeceiras dos rios pantaneiros que nascem no cerrado", explica o Ibama.
Segundo o superintendente do órgão, David Lourenço, " o Mato Grosso do Sul é a bola da vez no agronegócio e a valorização das terras e os bons preços do mercado do boi gordo colocam uma pressão muito grande de desmatamentos no bioma pantanal e precisamos de ações globais nessa região".
Também participaram integrantes das ONGs ECOA, o SOS Pantanal e a Associação Bálsamo. "Temos de ter políticas mais solidárias e resolvermos o atraso e miséria das populações do norte do Paraguai que até agora não têm acesso nem mesmo a energia elétrica, afirma Alcides Faria, diretor do ECOA. (Com informações da assessoria do IBAMA)