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Cidades

Minutos após "apagão" da Enersul, moradores religam gato

Redação | 01/05/2010 08:15

Os moradores da comunidade "Cidade de Deus", que fica em uma área invadida próxima ao lixão de Campo Grande, vivem uma situação inusitada: sobem no poste de energia pelo menos duas vezes por semana, assim que o desligamento do "gato" é feito pela Enersul.

Sem acesso a água e energia, as mais de 400 famílias recorrem as ligações clandestinas, enquanto as 300 moradias que estão sendo construídas pela prefeitura em área próxima não ficam prontas.

Na manhã desta sexta-feira, o servente de pedreiro desempregado Adriano Marcelino Luz, que mora na favela da Cidade de Deus há 4 meses, viveu esta situação.

Depois de um "arrastão" da empresa de energia no local, onde vários ligações clandestinas foram desligadas, ele teve que religar o "gato".

"Tenho família, minha mulher está grávida, não tem jeito de ficar sem energia. Não temos outra opção, porque ninguém olha pela gente, não chega o serviço aqui", disse.

Os postes que ficam na entrada da favela são usados por várias famílias.

A dona de casa Clotilde da Silva Souza também mudou para a favela há quatro meses, assim que seu esposo ficou desempregado e precisou tirar o sustento do lixão.

"A gente não pode fazer nada, quem não sabe subir no poste acaba gastando 10, 15 reais para pagar alguém pra subir", detalhou.

Procurada pelo Campo Grande News, a assessoria de imprensa da Enersul esclareceu que não pode fazer instalação de energia em área irregular.

A informação é que o serviço começará a ser fornecido assim que os moradores da Cidade de Deus forem transferidos para a área em que a prefeitura está construindo as 300 unidades habitacionais.

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