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Cidades

MP recorre e insiste em afastamento de vereadores e vice

Redação | 20/09/2010 10:02

O MPE (Ministério Público Estadual) deve recorrer ainda esta semana ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), contra decisão em primeira instância de não afastar dos cargos o vice-prefeito de Dourados, Carlinhos Cantor (PR) e 11 vereadores indiciados pela operação "Uragano", da Polícia Federal.

A informação foi repassada ao Campo Grande News pelo promotor Amílcar Araújo Carneiro Júnior. O documento será assinado por ele e mais três promotores da comarca de Dourados: Paulo César Zeni, Claudia Loureiro Ocáriz Almirão e Cristiane Amaral Cavalcante.

Ao recorrerem da decisão do TJ, os promotores de Justiça alegarão que tanto o vice-prefeito quanto os vereadores acusados de envolvimento em esquema de corrupção e propina podem ser afastados por improbidade administrativa.

O juiz Carlos Alberto Rezende Gonçalves, da quarta vara cível de Dourados, indeferiu o pedido de afastamento alegando que eles não podem ser afastados por improbidade.

Os promotores têm 15 dias para recorrer a contar da decisão do juiz.

O não afastamento de Carlinhos Cantor está sendo um entrave na indicação do próximo prefeito de Dourados.

Segundo Amílcar, "ainda há uma indefinição muito grande". Como não foi afastado, Cantor pode assumir a prefeitura a qualquer momento, se seus advogados conseguirem revogar a prisão temporária.

A presidente da Câmara, Délia Razuk (PMDB), ainda não pôde assumir a prefeitura por este motivo. Por enquanto, a cidade está sendo governada pelo juiz Eduardo Machado Rocha, mas esta não é uma situação definitiva.

"A partir da normalização dos trabalhos na Câmara, meu trabalho findou aqui, mas ainda não tem nada definido, nada oficial", disse o juiz-prefeito.

Délia Razuk foi procurada pela reportagem para comentar o assunto, mas estava em uma reunião com o deputado Marçal Filho (PMDB). Sua assessoria garantiu que não há nenhuma reunião agendada entre ela e o juiz Eduardo Machado Rocha para discutir a questão.

O prefeito Ari Artuzi, sua esposa, Maria Artuzi, e os vereadores Edvaldo Moreira (PDT), Sidlei Alves (DEM) e Júnior Teixeira (PDT) continuam presos por envolvimento em esquema de corrupção, fraude em licitação e pagamento de propina.

As prisões aconteceram depois que a operação "Uragano" foi deflagrada pela Polícia Federal. Ao todo, 60 pessoas foram indiciadas.

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