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Cidades

MPE alega que Santa Casa não informa quem precisa de CTI

Redação | 22/07/2009 16:20

O MPE (Ministério Público Estadual) alegou que pacientes que aguardam vaga no CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa, em Campo Grande, não têm sido transferidos para leitos de hospitais particulares porque 'falta o hospital dizer qual paciente está precisando'. A alegação da promotora de Justiça da Cidadania, Sara Francisco Silva, foi informada por meio da assessoria de imprensa do MPE.

Apesar de confirmar a existência do relatório encaminhado diariamente pelo hospital, o Ministério Público alega que não pode escolher qual paciente será transferido. Por isso, precisa de um pedido especifico para a transferência do paciente que precisa 'mais' de CTI, porque o Ministério Público não pode 'adivinhar' quem necessita da vaga.

Segundo a promotoria, são considerados casos mais graves aqueles em que o paciente não consegue nem na emergência equipamentos para o tratamento de urgência de que necessita, como aparelhos para auxiliar na respiração.

O MPE ressalta ainda que não recebeu nenhum pedido para transferência do jovem Weverton do Nascimento Icassati, de 23 anos, que morreu à espera de uma vaga no CTI.

Mesmo não sabendo informar nenhum hospital onde a locação de leitos particulares tem efetivamente funcionado, o MPE garantiu que o procedimento está autorizado pela Sesau desde a abertura de inquérito para investigar a falta de leitos. Entretanto, o processo instaurado foi publicado apenas hoje em Diário Oficial.

A promotora da Saúde destacou também que o MPE está lutando pela compra de vagas em hospitais particulares, acompanhando a quantidade de pessoas que aguardam na fila de espera da Santa Casa e que o diretor-clínico do hospital, que informou que o MPE e a Sesau não respondiam aos pedidos de CTI, 'está meio por fora' das negociações que vem sendo feitas para solucionar o problema.

Sem resposta - Durante entrevista coletiva convocada ontem (21), o diretor-clínico da Santa Casa, Carlos Barbosa, informou que relatório com a quantidade, nome e histórico dos pacientes que precisam da vaga é encaminhado diariamente ao MPE e à Sesau (Secretaria de Saúde do Município), 'sem nenhuma resolutividade'.

Na ocasião, ele ressaltou ainda que o hospital não pode 'escolher' qual paciente precisa mais de CTI e encaminhar pedido para apenas um deles, considerando que todos da emergência que estão aguardando leito estão em estado grave.

Ele destacou ainda que a falta de leitos no CTI e a fila de espera de pacientes em estado grabe no hospital é do conhecimento do MPE e da Sesau, por meio dos relatórios encaminhados diariamente.

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