MPE investiga cobrança indevida e superfaturamento na radioterapia
O MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) investiga a Santa Casa de Campo Grande por irregularidades na cobrança dos procedimentos de radioterapia realizados através de convênio entre o hospital e a empresa Neorad. Conforme relatório do Departamento Nacional de Auditória do SUS (Sistema Único de Saúde), o “esquema” trouxe prejuízo de aproximadamente R$ 52,7 mil aos cofres públicos.
Segundo o relatório anexo ao procedimento que está sendo conduzido pela 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública da Comarca de Campo Grande, foram constatadas irregularidades na autorização de procedimentos ambulatoriais supostamente realizados de janeiro de 2012 a março de 2013, através de convênio entre a Santa Casa e a empresa Neorad Terapia Oncológica.
Conforme o documento, produzido com base na análise feita em documentos apreendidos durante operação da PF (Polícia Federal), que na época investigava os desvios de recursos do SUS destinados ao setor de oncologia do Estado, foi constatado que em pouco mais de um ano, o “esquema” trouxe prejuízos de R$ 52.702.00 aos cofres públicos, recursos estes destinados ao Fundo Municipal de Saúde.
Por sua vez, a auditória apontou que houve superfaturamento na cobrança dos procedimentos ambulatoriais, bem como a não comprovação de que grande parte deles foram realmente realizados.
Em uma das atas, foram registrados 54 procedimentos, sendo que destes, apenas 27 foram realmente executados.
Por fim, o relatório aponta que a Santa Casa de Campo Grande descumpriu normas vigentes o que ocasionou falhas quanto ao registro e faturamento dos procedimentos de radioterapia.
O Campo Grande News tentou entrar em contato por telefone com o diretor técnico do hospital Luiz Alberto Hiroki kanamura, para comentar a respeito da investigação, no entanto, ele não atendeu as ligações e nem retornou até o fechamento desta matéria.
