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Cidades

MPE investiga se há mais “clientes” em esquema de exploração sexual

Aline dos Santos | 05/04/2016 08:23
Segundo Marcos Alex, existência de outros clientes é investigada sob sigilo, (Foto: Fernando Antunes)
Segundo Marcos Alex, existência de outros clientes é investigada sob sigilo, (Foto: Fernando Antunes)

O escândalo de exploração sexual de adolescente envolvendo políticos e empresários, que veio à tona no ano passado, ainda tem investigação em curso para identificar se havia outros "clientes". De acordo com o titular do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, o trabalho é feito sob sigilo. “Não posso dar detalhes”, diz.

Em 2015, o MPE (Ministério Público Estadual) formou uma força-tarefa para investigar o esquema. A apuração foi dividida em três “frentes”. A primeira foi a denúncia contra políticos e empresários, que foram condenados e, atualmente, recorrem da decisão. Na segunda, surgiram os nomes de três agenciadoras e de um dono de frigorífico. A terceira fase ainda acontece, com a investigação de clientes.

O começo foi em abril de 2015, quando os ex-vereador Robson Martins e o empresário Luciano Roberto Pageu foram flagrados recebendo R$ 15 mil do então vereador Alceu Bueno. Para evitar a divulgação dos vídeos, conforme a polícia, ele pagou R$ 100 mil aos acusados de extorsão.

Eles tinham gravados imagens de Bueno com duas adolescentes. Em seguida, foi preso Fabiano Viana Otero, apontado como mentor do esquema. Durante a investigação, o ex-deputado estadual Sérgio Assis foi denunciado. Em dezembro do ano passado, os cinco foram condenados.

Em outubro de 2015, a Justiça aceitou denúncia contra outras quatro pessoas. No último dia 16 de janeiro, a audiência foi suspensa após duas das adolescentes que iriam depor alegarem constrangimento. Na ocasião, os novos depoimentos foram remarcados para dia 6 de abril.

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