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Cidades

MPF denuncia ex-superintendente por favorecer dois produtores e empresa

Aline dos Santos | 12/02/2014 13:13
David foi demitido do Ibama em 2011, após operação da PF. (Foto: Arquivo)
David foi demitido do Ibama em 2011, após operação da PF. (Foto: Arquivo)

O ex-superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), David Lourenço, foi denunciado à Justiça por improbidade administrativa. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), ele deixou de comunicar aos órgãos de investigação a ocorrência de crimes ambientais, favorecendo uma empresa e duas pessoas físicas.

Um deles trata de corte ilegal de madeira protegida por lei. Ricardo Augusto Bacha foi flagrado derrubando aroeiras sem autorização ambiental, mas nada foi denunciado.

A omissão de David Lourenço também beneficiou Lélio Ravagnani Filho, autuado por deter em cativeiro 18 jacarés, sem licença; e a empresa Iate Clube Vale do Sol, que construiu rego d'água e “arenou” várzea em área de preservação permanente, também sem autorização do órgão ambiental competente.

Para o MPF, ao omitir a comunicação dos crimes ambientais, o ex-chefe do Ibama/MS agiu de forma alheia aos interesses públicos. “Ao valer-se do cargo para favorecer os infratores, que poderiam estar respondendo criminalmente pelas ilegalidades praticadas”.

Se David Lourenço for condenado por improbidade administrativa, pode perder função pública; ter direitos políticos suspensos de três a cinco anos; e ser proibido de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de três anos.

Queda – A demissão de Lourenço foi comunicada em 17 de outubro de 2011. A saída foi consequência direta da Operação Caiman, da Polícia Federal, que investigou irregularidades na criação de jacarés e na pousada mantida pelo médico veterinário Gerson Zahdi Bueno, que era funcionário aposentado do Ibama.

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