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Cidades

MPF investiga 190 mortes em hospital de Dourados

Redação | 16/02/2009 13:46

O MPF (Ministério Público Federal) está investigando as circunstâncias em que 190 pessoas morreram no Hospital de Trauma de Dourados em 2008. Segundo o procurador da República, Raphael Otavio Bueno, a denúncia é de que as mortes teriam ocorrido por falta de neurocirurgião na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).

De acordo com o levantamento, o problema piorou a partir de junho de 2008, ocasião em que o Hospital Evangélico de Dourados suspendeu parceria com a prefeitura municipal para o atendimento dos casos de urgência. Um dos indicativos, apresentados ao Ministério Público, foi o fato das mortes em casos de urgências registrarem um aumento de 5 para 12% do total dos pacientes atendidos, em relação aos anos anteriores.

A lógica, segundo o Conselho Municipal de Saúde é que os pacientes precisavam de atendimentos com neurocirurgiões em Dourados, mas com a falta dos especialistas e de UTI, em estado grave, eram transferidos para Campo Grande, para Santa Casa, já que o Hospital Evangélico, que dava suporte, havia suspendido a parceria com a Prefeitura.

O MPF também quer mais informações sobre a atual situação do atendimento hospitalar de média e alta complexidade em toda a região da grande Dourados, e sobre a nova estrutura hospitalar que supostamente estaria sendo implementada pela prefeitura, na qual o Hospital Evangélico incorporaria os hospitais de Urgência e Trauma e o da Mulher, atualmente administrados pelo município.

Para isso, o MPF pediu informações e esclarecimentos aos secretários de Saúde municipal e estadual, ao secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, ao diretor do Hospital Evangélico de Dourados e ao presidente do Conselho Municipal de Saúde.

O caso foi denunciado no início do mês pela imprensa local, e depois encaminhado ao MPF pelo deputado Geraldo Resende (PMDB).

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