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Cidades

Muito suor e sorte para fazer lojinha virar grande rede de supermercados

Mariana Lopes | 30/04/2013 08:21
Com muito trabalho, Francisco e os dois irmãos conseguiram abrir 16 lojas da rede de supermercados (Foto: Marcos Ermínio)
Com muito trabalho, Francisco e os dois irmãos conseguiram abrir 16 lojas da rede de supermercados (Foto: Marcos Ermínio)

O segredo para o sucesso é colocar a mão na massa, mas também tem que ter sorte. A dica vem de quem começou de baixo, mas sonhou alto e conquistou um lugar ao sol. No Dia do Trabalhador, a história é de Francisco Pires, que nasceu em uma família simples, natural de Deodápolis, cidade do interior de Mato Grasso do Sul, a 252 quilômetros de Campo Grande, e hoje é um dos donos de uma rede de supermercados.

Tudo começou há 33 anos, quando a família Pires veio para a Capital e montou uma mercearia, no bairro Santo Amaro. "Era uma lojinha pequena, a gente só vendia grãos, bebidas, alguns produtos de limpeza", recorda Francisco, com o olhar perdido na nostalgia. Alguns anos depois, a maercearia mudou de endereço, foi para a rua Anchieta, no bairro Piratininga, bem próximo ao terreno onde a família montou o primeiro mercado, em 1992.

No início, o espaço era bem menor do que é hoje e a rotina mais apertada para os donos. "A gente não tinho horário, final de semana, nem feriado, trabalhava direto, porque não tinha um quadro de funcionários que pudesse atender a tudo, então era a gente mesmo que abria e fechava a loja", conta Francisco.

Agora, com 16 lojas abertas, sendo 14 em Campo Grande e duas em Rio Brilhante, a rede de supercados Pires, herança do patriarca da família, é administrada por três irmãos e cada um tem uma função específica na empresa. Francisco, por exemplo, é responsável pelo setor comercial e financeiro da rede.

Mas para chegar neste patamar, o trabalho foi (e ainda é) árduo. "Até hoje fazemos cursos no setor de supermercados, estamos sempre viajando e nos atualizando do que é tendência no ramo", relata Francisco. Até durante as férias, o empresário garante que o principal passeio é no maior supermercado da cidade. "Por mais que a carga horária tenha dimunuído, a cabeça fica 24 horas ligada no trabalho, é o olho do dono", orienta.

Hoje, Francisco trabalha só no financeiro e no comercial da rede, com horário para entrar e para sair (Foto: Marcos Ermínio)
Hoje, Francisco trabalha só no financeiro e no comercial da rede, com horário para entrar e para sair (Foto: Marcos Ermínio)

Outro resultado do trabalho dos irmãos apareceu há 12 anos, quando eles ajudaram a montar a Rede Econômica, que hoje as lojas do supermercado Pires são todas associadas a ela. Atualmente, a marca Pires é a segunda maior rede de supermercados de Mato Grosso do Sul, segundo Francisco.

Os negócios ganharam corpo e equipe. De uma mercearia tocada antigamente só pelos irmãos, agora a empresa tem, no total das 16 lojas, mais de 900 funcionários registrados. "Temos os cargos de confiança, o que nos permite relaxar mais e trabalhar menos", diz Francisco.

O sucesso veio e a rede cresceu sem ao menos os Pires imaginarem no que ia dar. Mas como na vida nem tudo é exatamente como a gente quer, Francisco conta que sempre teve que dar duro e abrir mão de muita coisa para fazer o negócio vingar. Da lista, o que mais o empresário lamenta é ter concluído apenas o ensino fundamental (1º grau) dos estudos. "Não tive muita escolha, ou eu trabalhava, ou estudava... Escolhi a primeira opção", conta.

Mas o empreendimento da família deu tão certo que a nova geração Pires já atua na rede de supermercados. Um dos filhos de Franscico, de 20 anos, é acadêmico de Administração e já atua na área no próprio negócia da família. Fora ele, mais dois sobrinhos do empresário também seguiram os passos dos pais. Uma faz Psicologia e trabalha no setor de Recursos humanos da rede, e o outro acompanha o primo na Administração.

"É tudo em família, espero que eles abracem o negócio e continuem o trabalho que meu pai começou", deseja Francisco.

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