Mulher de 83 anos morre com dengue hemorrágica
Após 14 dias de internação, com dengue hemorrágica, Arminda Miranda Tavares Marques, de 83 anos, morreu na manhã deste domingo, na Clínica Campo Grande.
Abalado, o filho dela, Clóvis Marques, cobra mais trabalhos educativos junto à população, especialmente para alertar sobre quais os medicamentos que não podem ser ingeridos em caso de suspeita de dengue.
Ele conta que a mãe tratava problemas de pressão alta e do coração e que alguns dos remédios dos quais fazia uso, como o AAS (Ácido Acetilsalicílico), que ingeria regularmente para "afinar o sangue", prejudicaram o tratamento, porque a doença demorou a ser diagnosticada. "Primeiro disseram que era uma crise de vesícula. Fiz um exame por fora que apontou a dengue", afirma.
Para ele, ainda falta preparo aos profissionais de saúde. "Acho que os que atendem em postos de saúde estão mais preparados", avalia.
Arminda precisou ficar em coma induzido por 12 dias e quando a sedação foi retirada não respondeu mais. Na manhã deste domingo ela faleceu.
Clóvis conta que a mãe era muito ativa e que pretendia, inclusive, leva-la ao baile de Carnaval neste domingo. "Eu sempre levava ela aos bailes, reservava os sábados e domingos para isso", diz. Ela morava no Jardim São Lourenço.
O atestado de óbito de Arminda aponta como causa da morte choque séptico e múltipla falência dos órgãos decorrente da dengue hemorrágica. O corpo está sendo velado na capela do cemitério Jardim das Palmeiras e o sepultamento será às 10 horas no cemitério Cruzeiro.
