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Cidades

Mulher mutilada em acidente quer R$ 300 mil da Serrana

Redação | 12/11/2008 15:54

Depois de um ano e meio, hoje foi realizada a primeira audiência relacionada a acidente com um ônibus da empresa Serrana, que fez Aralzina Ramos, de 95 anos, ter uma das pernas amputadas em 2007. A vítima pede 4 salários mínimos vitalícios e R$ 300 mil por danos morais e materiais.

Nesta quarta-feira foram ouvidas três testemunhas de Aralzina, que moram próximas ao ponto de ônibus onde o acidente ocorreu. Como testemunhas da empresa, compareceram o motorista, que dirigia o veículo, Roque Dutra Escobar, de 44 anos, e um passageiro.

O acidente ocorreu no dia 24 de março de 2007, por volta das 21h30, na rua Durval Nantes, bairro Pioneiros. Na versão sustentada por Aralzina contra a Serrana, ela diz que estava no ônibus com sua filha e, ao tentar descer, o motorista não esperou e acelerou. A senhora acabou presa à porta, com parte do corpo para fora do ônibus.

A filha que a acompanhava, conseguiu segurar a mãe pelo lado de fora, para que ela não se machucasse. Apesar dos gritos das duas e dos passageiros do ônibus, o motorista não parou, acusa a família.

Somente ao passar por uma lanchonete e ver as pessoas avisando que a idosa estava presa, é que o coletivo acabou parando.

Com a freada brusca e a abertura repentina da porta, Aralzina caiu para fora, por cima da filha que tentou puxar suas pernas que estavam embaixo do veículo. Como só conseguiu livrar uma das pernas, a idosa teve um pé esmagado pela roda do ônibus.

Depois do acidente, ela teve gangrena no pé esmagado e acabou tendo que amputar a perna. Na época, o juiz Marcelo Câmara Rasslan determinou à empresa, como tutela antecipada, o pagamento de dois salários mínimos mensais à Aralzina, para custear as despesas com remédios e com a contratação de uma funcionária para ajudá-la com as tarefas da casa, além de pagar por uma prótese.

Em 30 dias, o juiz deve determinar se a empresa deverá continuar arcando com as despesas e pagar uma indenização maior à vítima.

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