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Cidades

Mutirão da solidariedade muda a vida de família de quadrigêmeas

Lidiane Kober | 02/09/2014 19:54
Doações vão de roupas, fraldas a materiais de higiene (Foto: Marcelo Calazans)
Doações vão de roupas, fraldas a materiais de higiene (Foto: Marcelo Calazans)
Roupas ocupam móveis da maternidade Cândido Mariano (Foto: Marcelo Calazans)
Roupas ocupam móveis da maternidade Cândido Mariano (Foto: Marcelo Calazans)

Um verdadeiro mutirão da solidariedade tomou conta do Estado e até do País e está mudando a vida da família de Denir Campos, de 37 anos, que deu a luz a quadrigêmeas, na noite da última sexta-feira (29). Com o marido e outras quatro filhas, ela mora em uma barraco de duas peças. A situação, no entanto, está com dias contados, graças a doações que vão de casa a fraldas.

Inscrita em programa habitacional, Demir receberá até novembro uma moradia da Prefeitura de Anastácio, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. A residência, inclusive, será adaptada para receber as quatro novas integrantes da família.

“As casas contam com dois quartos, mas vamos adaptar e construir um terceiro para receber os 10 membros da família”, contou o prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo (sem partido). Segundo ele, o conjunto habitacional será entregue em novembro. “Enquanto isso, vamos locar uma casa para dar condições de os pais receberem as quadrigêmeas”, acrescentou.

Em menos de dois meses, segundo previsão médica, dificilmente as meninas vão deixar a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) neonatal. Enquanto isso, o mutirão da solidariedade colhe frutos e ganha reforços a cada dia.

“Um casal, pai e mãe de gêmeos, doaram um geladeira e um guarda roupa”, contou a assistente social da Maternidade Cândido Mariano, Taline Mara Bronze da Cruz. Sobre o número fraldas, ela já perdeu as contas. “Só do meio-dia as 16h de hoje (3), sete pessoas vieram com sacolas e sacolas”, relatou.

Uma delas é Olívia Fernandes, de 68 anos. “Quando li a notícia tratei de mobilizar meu grupo de oração e, independente do que vou arrecadar, comprei 200 fraldas. Se conseguir mais dinheiro, volto com mais coisas”, prometeu.

Roupas também ocupam sala da maternidade. “Vamos tirar alguns móveis para dar espaço às doações”, disse a psicóloga Jackeline Medeiros. “Na Casa do Índio já não tem mais espaço para as doações”, completou.

Nem ela, nem Taline viram tamanha mobilização nos anos que trabalham na maternidade. “Acho que é resultado da vulnerabilidade da família”, comentou Jackeline. No barraco, onde mora em um assentamento de Anastácio, os únicos luxos da família são o ventilador e uma TV de 14 polegadas.

Pai das oito meninas, Odair Cândido, de 32 anos, trabalha com serviços gerais e não tem renda certa no final do mês. A situação sensibilizou até moradores de outros estados. “Recebemos ligações de gente querendo doar de Minas Gerais, São Paulo e Belo Horizonte”, revelou a psicóloga.

"Fraldas RN (recém nascidos), que era a maior urgência, não precisamos mais", emendou. Agora, a prioridade, segundo ela, é buscar móveis para mobiliar a nova casa e dar estrutura para receber as bebês. "Também serão bem-vindas fraldas M e G", finalizou.

Olívia se sensibilizou com a história e levou 200 fraldas para as bebês (Foto: Marcelo Calazans)
Olívia se sensibilizou com a história e levou 200 fraldas para as bebês (Foto: Marcelo Calazans)
Jackeline disse o que estado de saúde das quadrigêmeas segue estável (Foto: Marcelo Calazans)
Jackeline disse o que estado de saúde das quadrigêmeas segue estável (Foto: Marcelo Calazans)
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