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Cidades

Na cadeia, Artuzi diz a agentes que quer dar entrevista

Redação | 02/09/2010 11:13

Preso desde ontem à noite em na 3ª delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Ari Artuzi (PDT), prefeito de Dourados, falou a agentes que quer dar entrevista.

Ele está em uma das duas celas da delegacia, no bairro Carandá Bosque. Na pequena cela há um colchão no chão, um banheiro que se resume a um buraco e pacotes de biscoito, provavelmente levado pelo advogado do prefeito. Na cela ao lado, está detido o auxiliar de pedreiro Estevão Ricardo Fonseca Duarte, 28, que teve prisão preventiva decretada por homicídio.

Ele não pode receber visitas e recebe marmitas distribuídas aos presos do sistema penitenciário. Conforme agentes, o prefeto chegou a falar que as gravações foram feitas com uma câmera escondida num relógio.

O prefeito foi preso durante a Operação Uragano (furacão em italiano), realizada pela PF (Polícia Federal). Conforme a denúncia, os contratos eram direcionados para empresas "parceiras" do prefeito. Com o dinheiro, Artuzi comprava bens para uso próprio e subornava vereadores.

O advogado Carlos Marques, que esteve com o prefeito ontem à noite, relatou que Artuzi estava abatido e alegou ser inocente, afirmando que os vídeos onde aparece recebendo propina se tratam de montagem.

Conforme o advogado, Artuzi não dará entrevista enquanto estiver na prisão. O mandado de prisão temporária é válido por cinco dias, mas pode ser prorrogado ou transformando em prisão preventiva.

Operação Uragano prendeu 28 pessoas, como a primeira-dama Maria Artuzi, nove dos 12 vereadores, secretários municipais e empresários.

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