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Cidades

Na presença de ministro, índios choram e pedem terra

Redação | 14/07/2009 14:49

Índios guarani da aldeia Bororó, considerada a mais pobre e mais superlotada da reserva de Dourados, pediram ao general Jorge Armando Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que o governo federal faça as demarcações de terras na região Cone-Sul.

Durante visita do oficial à aldeia, no início desta tarde, alguns índios chegaram a chorar ao reclamar da falta de terra para plantio de culturas de subsistência.

Jorge Félix está em Mato Grosso do Sul pela segunda vez em menos de 20 dias para fazer um relatório sobre o clima de tensão entre índios e produtores rurais em decorrência dos estudos antropológicos para ampliação de áreas indígenas, que começam na próxima segunda-feira.

Cercado por um forte esquema de segurança, Jorge Félix foi recebido com cantos e danças dos guaranis. Ele conversou com líderes da aldeia, conheceu uma casa de reza e depois seguiu para a aldeia Jaguapiru, ao lado da Bororó.

O roteiro inclui visita ao Centro de Recuperação de Crianças Desnutridas, no hospital da Missão Evangélica Caiuá. Em janeiro de 2006, o local ficou conhecido em todo o país por causa das imagens de crianças índias desnutridas.

O general deve encerrar a visita na aldeia Panambizinho, no distrito de Panambi. No local, índios caiuás ocupam atualmente uma área de 1.240 hectares, demarcada em 1995, mas só entregue à comunidade indígena em novembro de 2004.

As terras demarcadas em Panambi tinham sido doadas a agricultores na década de 40, durante o programa de colonização do governo Getúlio Vargas.

Com a demarcação, os agricultores foram indenizados pelas benfeitorias e reassentados em área com o dobro do tamanho, no município de Juti.

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