Narcotraficante preso é "ficha limpa" no Paraguai
Apesar de ser bem conhecido das autoridades de seu país desde o início da década, o traficante paraguaio Carlos Arias Cabral, mais conhecido como Líder Cabral, não conta com nenhum processo pendente ou ordem de captura emitida pela justiça paraguaia.
De acordo com o site Sopa Brasiguaia, Cabral tem 16 causas penais por narcotráfico e crimes correlatos no Brasil, a maioria praticada no Paraná, sua base antes de fugir para a Argentina.
O paraguaio foi preso na última quarta-feira em Planalto, município vizinho a Capanema e à fronteira entre Paraná e Argentina, durante operação da Polícia Federal (PF) que resultou, também, na prisão de outros nove indivíduos acusados de vinculação com sua quadrilha.
Levado à delegacia da PF em Guaíra, o traficante ficará preso, provisoriamente, na Penitenciária Federal de Catanduvas, mesmo local onde, até 2007, esteve detido seu arquirrival Fernandinho Beira-Mar, com quem guarda desavenças há pelo menos oito anos.
Em 2002, Cabral teve sua residência em Capitán Bado invadida por pistoleiros a mando do brasileiro, conseguindo escapar ileso, porém, amargando a morte de esposa e filho. O último confronto entre ambos terminou com a vitória de Cabral, que conseguiu expulsar Beira-Mar de seu território.
Paralelamente à prisão de Cabral pela PF, agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), do Paraguai, vistoriaram um suposto porto clandestino utilizado pela quadrilha para o envio de entorpecentes ao Brasil, via Lago de Itaipu.
No local, foram encontradas armas (quantidade e calibre não revelados), uma caminhonete Chevrolet S10, um barco a motor e vestígios de incineração recente de maconha, mostrando que o porto clandestino estava em plena atividade horas antes da chegada dos antidrogas.
Extradição - O juiz paraguaio Tadeo Fernández negou a extradição ao Brasil do suposto líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) de Pedro Juan Caballero, Carlos
