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Cidades

Nova denúncia revela que centro não tem psiquiatra

Redação | 05/11/2009 17:12

Mais uma denúncia feita por um funcionário do Centro Recomeçando, que fica na zona rural de Campo Grande, ao CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos) Marçal de Souza, aponta que o local que deveria servir para a recuperação de dependentes químicos não tem sequer um médico psiquiatra para cuidar do tratamento dos jovens.

Segundo depoimento da servidora pública, que pediu para não ser identificada, não há tratamento adequado para a recuperação dos adolescentes. Ela conta que um enfermeiro leva esporadicamente alguns dos adolescentes a um Caps (Centro de Atenção Psicossocial), da rede pública.

A medicação dos garotos que são dependentes químicos, de acordo com a denúncia, não tem controle sistemático, além de ser armazenada de maneira inadequada e sem as devidas orientações médicas.

Detalhes - As informações dadas pelas servidoras ao centro, pedindo providências dos órgãos competentes, revela detalhes da situação em que os jovens vivem.

De acordo com ela, à noite permanecem apenas dois funcionários no local, e não há sequer um carro disponível para o caso de algum adolescente precisar de atendimento de urgência.

Problemas como infra-estrutura precária, com esgoto a céu aberto, fossa entupida, 'gambiarras' na utilização da rede elétrica, iluminação precária e falta de segurança e já haviam sido informados pelos funcionários.

A nova denúncia diz que há 30 dias falta alimentação adequada para os internos. Por conta disso, os adolescentes chegaram a matar uma vaca, que estava com cria, para comer. A servidora disse ainda que a carcaça foi enterrada ao lado da sede do centro, onde também estaria a carcaça de uma vaca doente que morreu no local.

Outros pontos como o trabalho de cuidar do chiqueiro de porcos e do gado sem orientação nem equipamentos também foram denunciados. Ela afirma que as condições precárias do local têm ocasionado verdadeira perda de controle por parte da direção, e resultado na fuga dos internos. Apenas neste ano, dez adolescentes teriam fugido do centro.

O Centro Recomeçando está sob a responsabilidade da Setas (Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social) e abriga atualmente 18 adolescentes. Após segunda denúncia feita por funcionários, equipe do CDDH foi ao local, mas foi impedido pelos funcionários.

Em menos de 30 dias, três denúncias já foram formalizadas pelos funcionários do local aos direitos humanos.

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