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Cidades

Nova gripe faz particular parecer SUS, dizem pacientes

Redação | 06/08/2009 08:17

Depois de provocar inchaço na rede pública, o medo do vírus Influenza H1N1, da gripe suína, agora tem lotado também os hospitais particulares em Campo Grande.

Até quem considerava estar seguro com planos de saúde particulares, agora tem de esperar pelo menos duas horas por atendimento de emergência em hospitais da cidade.

Foi o que ocorreu ontem na unidade do Proncor da rua Maracajú, centro. "Está igual a um posto de saúde", reclama o comerciante Maciel Lopes, de 54 anos, que foi levar o pai, de 82 anos, ao hospital.

"Tem umas dez pessoas na frente. Não deram preferência e não tem previsão de ele ser atendido", revela.

Maciel diz que sempre que precisa de atendimento vai à unidade, que costuma ser bem mais vazia. "Talvez esteja cheio por causa dessa tal de gripe suína", arrisca.

Quem julga ter um problema mais sério, reclama que o "medo" da gripe prejudica aqueles que realmente precisam de auxílio médico.

No Sírio Libanês, o analista de sistemas Giuliano Cássio de Souza Rosa, de 28 anos, viu que teria de esperar horas para ser atendido. Começou então uma verdadeira peregrinação em busca de um hospital mais vazio. "Eu nunca tinha visto hospital particular assim", afirma.

Ele só encerrou a procura após constatar nos outros hospitais da cidade não era muito diferente.

A estudante Bruna Schneider, de 18 anos, foi acompanhar uma amiga ao médico e estranhou a quantidade de pessoas. Mesmo com plano de saúde Unimed, a amiga de Bruna teve que esperar "muito" até receber atendimento. "Tinha muita gente e só um médico atendendo", diz.

No hospital da Unimed, a informação é que desde segunda-feira não havia mais vaga para internação de casos de gripe.

Assustados - No Proncor, além da espera, pacientes não escondiam o receio por conta da nova gripe. A todo instante as atendentes que usavam máscara tinham que justificar o uso do aparato.

O argumento de que o uso era apenas medida de segurança, muitos dos que só acompanhavam pacientes na emergência preferiram também se 'prevenir'.

Apenas dois plantonistas estavam disponíveis no hospital na tarde de quarta-feira. Entretanto, os pacientes não escondiam a preferência pelo infectologista, apto a atender casos de gripe suína.

No local, a informação foi a de que o atendimento 'triplicou' e o movimento tem sido intenso até a madrugada. Entretanto, a administração não quis comentar o caso.

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