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Cidades

Óculos de visão noturna ajudam esquadrão em resgate no Pantanal

Viviane Oliveira | 23/07/2013 18:23
Médico da unidade mostra os equipamentos que leva para missão de resgate. (Foto: Pedro Peralta)
Médico da unidade mostra os equipamentos que leva para missão de resgate. (Foto: Pedro Peralta)

“Se não fosse os óculos de visão noturna não seria possível fazer salvamento depois do pôr do sol”. A frase é do piloto da Base Aérea de Campo Grande, tenente Gustavo Canedo. Ele faz parte do Esquadrão Pelicano, grupo de resgate da Força Aérea, que socorreu no começo da noite de ontem uma mulher de 56 anos com suspeita de fratura. A operação foi em uma área da fazenda Boa Vista, região do Pantanal, que fica 70 quilômetros de Corumbá.

“Nós chegamos no local, estava tudo escuro. Se não tivéssemos o equipamento, o resgate teria que ser feito somente quando o dia clareasse”, explica o tenente, acrescentando que depois de 4 anos de treinamento, este foi o primeiro resgate usando óculos de visão noturna.

O helicóptero H-1H com seis militares, dois pilotos, dois mecânicos, um médico e um enfermeiro a bordo, decolou na manhã de ontem (22) para resgatar Nicéia Gomes Soares, de 56 anos, que havia caído do cavalo na tarde de domingo e estava com suspeita de fratura na bacia e coxa. O esquadrão foi acionado pelo Corpo de Bombeiros de Corumbá, porque devido à área ser alagada não tinha condições de chegar até o local por meio terrestre. “O único jeito era de barco ou helicóptero”, diz o tenente Gustavo.

Durante a missão, por causa do mau tempo, os pelicanos tiveram que retornar por duas vezes para Campo Grande. Somente por volta da 17h45, a equipe finalmente chegou na região e a mulher já estava em uma picape aguardando uma balsa às margens do rio Taquari. “O primeiro atendimento foi feito dentro do veículo. A nossa preocupação foi com o tempo que a paciente ficou esperando pelo resgate”, diz o capitão médico Mauro Pascale.

Militar mostra o óculos de visão noturna, usando pela primeira vez em salvamento. (Foto: Pedro Peralta)
Militar mostra o óculos de visão noturna, usando pela primeira vez em salvamento. (Foto: Pedro Peralta)
Entre os equipamentos levados para resgate estão o pulmão artificial e equipamento chamado de desfibrilador, usado para restabelecer o ritmo cardíaco.
Entre os equipamentos levados para resgate estão o pulmão artificial e equipamento chamado de desfibrilador, usado para restabelecer o ritmo cardíaco.

Enquanto isso uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) aguardava Nicéia no Aeroporto de Corumbá. “Deu tudo certo, nos chegamos em 40 minutos na cidade. Se ela fosse de barco iria demorar pelo menos 6h de viagem”, relata o tenente Ricardo Henrique Rabelo Amorim.

A mulher, que estava acompanhada do marido, Edito da Costa Soares, foi encaminhada para um hospital da cidade e passa bem. “Graças a Deus ela teve apenas uma contusão no quadril, não chegou a fraturar”, conta o médico Mauro.

Esquadrão Pelicano - Com três UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) aéreas, o esquadrão realiza missões de busca e resgate de aviões e embarcações desaparecidas em todo território nacional.

Os Pelicanos também prestam apoio em situações de calamidade, como aconteceu nas cheias de Santa Catarina em 2008, na Bolívia em 2007, na região Serrana no Rio de Janeiro em 2011 e em diversas vezes no Pantanal.

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