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Cidades

Opções de quem detesta futebol vão de igreja à leitura

Redação | 28/06/2010 16:53

Apesar das ruas vazias e do comércio fechado durante o jogo do Brasil contra o Chile, nesta tarde, em Campo Grande, várias pessoas insistiram em contrariar o senso comum e não ficar em frente à televisão. As opções para quem não se importa com futebol variaram da leitura a assistir a um culto na igreja.

"Eu prefiro ler. Acho que a leitura é mais interessante que o jogo de futebol", diz Paulo Ferreira, de 42 anos, que trabalha na rede hoteleira. Durante o jogo desta, que poderia custar a eliminação do Brasil da Copa do Mundo, ele lia um livro sentado na calçada de casa, na avenida Mato Grosso.

De nacionalidade portuguesa, ele confessa que se obriga a ver as partidas da seleção de seu país, mas nem essas prendem muito sua atenção.

Na igreja Universal do Reino de Deus, 23 pessoas assistiam ao culto nesta tarde, na hora do jogo. Um pastor explicou que a partida afasta alguns não convertidos, mas os fieis sempre comparecem.

Para Arnaldo de Oliveira da Costa, de 50 anos, além do "ódio" ao futebol, o jogo ainda trouxe transtornos. Ele conta que tinha consulta médica marcada para as 14h de hoje, mas quando chegou ao consultório encontrou o local fechado.

"Eu não recebi nenhum aviso de que eles iam fechar na hora do jogo", protesta Costa. Ele pontua que a cidade não deveria "parar" durante as partidas, mas continuar com funcionamento normal, assim como ocorre com os serviços considerados essenciais.

Mãe de uma adolescente que estuda à noite, a comerciante Ronilda Amélia Perón compartilha de opinião similar. Ela conta que já pegou birra do futebol. "Minha filha não tem aula desde quinta-feira, acho um absurdo. Na sexta-feira o jogo foi de manhã, nem a noite teve aula para ela. Por essas e outras que fico revoltada com isso de futebol. Não tem lógica", protesta.

Enquanto muitos desdenharam, várias pessoas que saíram do trabalho e estavam em pontos de ônibus na hora do jogo reclamaram de não poder ver a partida.

A doméstica Luiza Carolina de Arruda da Silva, de 24 anos, teve que sair do trabalho no intervalo para ficar com os filhos em casa. "Eu assisti só o primeiro tempo. Não vou ver mais porque não tenho televisão em casa", detalha.

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