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Cidades

Operação Nocaute prende uma pessoa em Paranhos

Redação | 11/02/2009 12:55

Uma pessoa foi presa em Paranhos, município distante 470 quilômetros de Campo Grande, como parte da operação Nocaute, montada para prender universitários e lutadores do Rio de Janeiro, apontados como os chefes de um esquema de entrada de droga sintética no Brasil. A PF (Polícia Federal) não divulga o nome do preso e afirma que as investigações correm em segredo de Justiça.

Em duas operações desencadeadas simultaneamente em nove Estados, a Polícia Federal prendeu na manhã de hoje 51 pessoas. Informações preliminares indicavam a existência de outros mandados de prisão e busca e apreensão expedidos para Mato Grosso do Sul.

No entanto, a assessoria de imprensa da PF revela que o mandado de prisão cumprido hoje de manhã era o único referente ao Estado.

As investigações tiveram início há quase um ano. Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, ficou constatado que cocaína boliviana entrava no País por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso e seguia para o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.

Depois a droga era transportada para Europa em quantidades menores, por pessoas contratadas como "mulas".

Na França, Holanda e Portugal, a cocaína virava moeda de troca pelas drogas sintéticas, como o LSD e o ecstasy. O último passo era trazer o produto de volta ao Brasil, para a distribuição também no Paraná, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco.

Além da operação Nocaute, a PF desenvolve hoje a Trilha Albis, que recebeu o nome em referência à mochila usada para o transporte da cocaína pelas mulas. Ao todo, as duas operações vão cumprir 70 mandados de prisão no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Brasília, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.

Segundo a PF, o tráfico envolvia amigos que surfavam desde criança e lutavam jiu-jitsu. Há 8 anos eles resolveram ganhar a vida com crimes diversos. O caso foi descoberto em 2004, mas foi arquivado.

Agora, de acordo com o Ministério Público, 36 pessoas foram denunciadas na Operação Nocaute pelos crimes de tráfico internacional e interestadual de entorpecentes e associação para o tráfico. O esquema também funcionava com venda de lança perfume e haxixe.

Entre os bens apreendidos hoje estão duas motos de luxo, avaliadas em um total de R$ 50 mil, e um cofre.

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