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Cidades

Padrasto de Dudu é preso 3 dias após achado de ossada

Redação | 30/03/2009 14:47

O padrasto de Luiz Eduardo Gonçalves, 10 anos, Aparecido Bispo da Silva, o Cido, está preso desde 18 de março por suspeita de envolvimento com a morte do garoto. Ele foi capturado três dias depois que a Polícia encontrou ossos que podem ser do menino, enterrado em uma área na Avenida Guaicurus, na saída para São Paulo, em Campo Grande.

Com a prisão, parece estar perto do fim o mistério que se arrasta desde 22 de dezembro de 2007, data em que o garoto foi visto pela última vez no Jardim das Hortênsias. Ele foi apontado como suspeito do caso desde o início das investigações. Cido chegou a acionar a Polícia para quebrar o piso da própria residência como uma forma de provar que o corpo do garoto não estava enterrado no local.

Além de Cido, dois adolescentes foram apreendidos por ligação com o caso. O padrasto teria preparado o crime e os menores estariam envolvidos na execução do assassinato. Dudu pode ter sido morto por vingança, já que não aceitava o fim do relacionamento com a mãe de Dudu, Eliane Martins.

"Não tenho dúvida que seja ele", afirma Eliane. Entretanto, ela não sabe dizer se apenas por vingança o ex-padrasto do menino praticou o crime. "Nada justifica. Fazer isso com uma criança. Fizesse com a gente, que pode se defender", desabafa.

A mãe revela que nunca percebeu qualquer desafeto de Cido contra o filho. "Se ele fingia, fingia muito bem", reforça.

Já em relação aos irmãos detidos por envolvimento com o crime, Eliane conta os dois conviviam com o menino no bairro. Ela afirma que os dois não tinham motivo para matar Dudu.

Há mais de um ano, o proprietário de uma chácara na Avenida Guaicurus disse ter visto Dudu e Cido na área abandonada de onde a ossada foi resgatada em 15 de março. A declaração do chacareiro constam em um relatório enviado no dia 18 de fevereiro do ano passado, pela 7ª Delegacia de Polícia Civil, à DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente).

A criança "foi retirada do local por este homem de cor negra e tomaram sentido BR 163". Após ver as fotos dos dois, apresentadas pelos investigadores, ele "não hesitou em afirmar que tal homem de cor negra era a pessoa de Aparecido e o menino que estivera na casa abandonada tratava-se de Luiz Eduardo (Dudu)", aponta o relatório.

O documento conta a trajetória do menino no dia do desaparecimento, desde às 17h30 do dia 22 de dezembro de 2007. As crianças que estiveram com ele disseram que foram comprar pão na padaria e na volta encontraram com Cido, que estava em uma bicicleta.

Dudu perguntou sobre sua mãe para o ex-padrasto e ele teria falado que estava em casa e que era para o menino buscar um estilingue na casa dele (do Cido). Uma testemunha confirmou ter visto Cido conversando com Dudu e as outras duas crianças um pouco afastadas.

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