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Cidades

Padre é detido e bomba de efeito moral usada em ginásio

Redação | 22/10/2010 15:40

Policiais da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) detiveram o padre que lidera os invasores durante desocupação feita no ginásio no bairro Vida Nova I, em Campo Grande.

Roberto Barboza, que se identificou como padre da Igreja Católica Apostólica Brasileira, estava no ginásio no momento em que os policiais chegaram.

Segundo informado pela Polícia Militar, os invasores se recusaram a deixar o local e o padre foi apontado como o organizador da resistência e por isso foi detido.

Para retirar as cerca de mil pessoas, a Cigcoe usou uma bomba de efeito moral e liberou um dos acessos, de acordo com o capitão Guilherme Dantas Lopes. Outra bomba foi jogada fora do ginásio.

Foi quando o suposto padre foi detido. Segundo o capitão, ele não é realmente padre, possui três casas e um terreno no bairro. A assessoria de imprensa da Arquidiocese confirma que o padre não possui vínculo com a Igreja.

Depois que as famílias deixaram o local, ele foi liberado e a Polícia mandou que fosse para casa. Neste momento, cerca de 70 policiais fazem a segurança dentro e fora do local. Alguns dos invasores estão nas ruas e em um campo de futebol próximo.

Feridos - A dona de casa Eliane de Souza, de 32 anos, conta que no meio da correria um bebê de colo foi pisoteado. Invasores informaram também que uma mulher grávida foi atingida por uma bala de borracha e teve uma parada cardíaca.

Entretanto, o Corpo de Bombeiros informou que não foi registrado atendimento a nenhuma vítima. Um oficial esteve no local e acompanhou a desocupação e garante que não houve feridos.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também informou que não foi ao local porque não houve vítimas. O Campo Grande News apurou também que nenhum ferido nessas condições deu entrada na Santa Casa nem no posto de saúde do bairro Nova Bahia, o mais próximo do local.

Desespero - Ketlin Tairini, de 20 anos, estava no ginásio com os filhos de 1, 2 e de 4 anos. Ela conta que durante a desocupação perdeu a filha de 4 e encontrou a criança apenas depois que todos tinham deixado o ginásio. Conforme a mãe, a menina estava gritando muito e um senhor dava água com açúcar a ela.

"Todo o mundo começou a sair correndo. Eles fecharam o portão e só deixaram um outro aberto. Eu perdi minha filha de quatro anos na confusão. Na hora só consegui pegar na mão do de dois anos", detalha.

As pessoas dizem que foram disparadas balas de borracha e usado spray de pimenta, mas a Polícia Militar não confirma. Um homem mostrou marcas recentes nas costas e garante que são das balas de borracha.

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