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Cidades

Pai de garota que matou bebê diz que não pode perdoar

Redação | 22/03/2010 13:50

Abalado, o avô materno do menino assassinado pelo padrastro, com a ajuda da própria mãe, conta que a filha sempre foi uma pessoa agressiva.

"Eu e a mãe sempre ficávamos no pé dela para cuidar do menino, mas muitas vezes ela até nos ofendia com palavrões", disse hoje o pedreiro Carlos Agaranhão de Almeida, de 39 anos, em entrevista ao Diário Corumbaense.

Ele demonstra revolta e ao mesmo tempo culpa pelo que aconteceu. "Talvez se a gente tivesse tido mais pulso com ela", lamenta.

Diante da tragédia, ele diz que esqueceu do significado da palavra perdão. "Não sei se até ela sair, eu ainda me lembre do que essa palavra significa. Não sei se quero vê-la novamente, sei que agora é um momento em que todos estamos muito abalados, mas o que digo é de coração. Não sei se perdoo minha filha, ela foi muito cruel", desabafou.

Segundo ele, no domingo a criança passou a tarde toda com os avós, brincou no quintal e dormiu, até que a mãe pegou a criança dizendo que iria a um aniversário. Por volta da meia-noite de ontem, Carlos diz que foi surpreendido com a notícia da morte de Marco Antônio, de apenas 1 anos de idade.

"A princípio, pensei que fosse outra pessoa, talvez um ladrão, mas jamais imaginaria que minha própria filha tivesse matado meu neto", lembra.

O pedreiro parece não acreditar no que ocorreu, na morte do menino a facadas. "Nunca ninguém em nossa família roubou, matou, nem sequer pediu na rua. Não entendo por que ela fez isso. Demos estudo à ela. Uma prova disso é que com 15 anos, estava no primeiro ano do Ensino Médio. Ela começou a ficar agressiva, a não obedecer de uns dois anos para cá", relatou ao Diário Corumbaense.

Depois do assassinato, ele diz que o pior momento foi saber da participação da filha no crime. "Na frente do delegado, em minha frente e da mãe, ela negou que matou a criança, ela mentiu muito. Depois acabou falando a verdade e isso fez com que meu mundo caísse. Como acreditar que minha filha de 15 anos, esfaqueou o próprio filho? Que ela era agressiva, que me respondia, que muitas vezes deixou o bebê de lado, isso eu já sabia. Mas matar é algo pra sempre, é uma marca, é uma cruz, não só pra ela, mas pra todos nós".

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