ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

Pai de PM que matou ladrão diz que filho salvou família

Redação | 30/10/2009 14:53

Um dia após o assalto que terminou com a morte do ladrão Waldeir Madureira Kruki, 33 anos, o comerciante Félix Galeano, 51 anos, conta que nunca mais vai se esquecer do dia de ontem.

"Nunca mais quero ver meus dois filhos com uma arma na cabeça", afirma o pai do soldado da PM (Polícia Militar), Igor Aguirre Galeano, que matou o assaltante.

Félix conta que Igor estava em férias e foi a sua empresa, Elétrica Galeano na rua Voluntários da Pátria, no Bairro Piratininga, ajudá-lo.

O estabelebimento seria inaugurado esta semana e o comerciante aguardava a presença de um técnico para fazer a ligação da energia elétrica.

Os dois tomavam tereré com a irmã de Igor, Denise Galeano, 27 anos, quando foram surpreendidos por um homem armado, que anunciou assalto e mandou que todos ficassem virados para a parede.

O assaltante apontou a arma para os dois filhos do comerciante e exigiu a chave da moto de Igor, que estava parada em frente à elétrica. O soldado entregou o que foi pedido.

Depois de sair do estabelecimento, o ladrão subiu na motocicleta. Kruki colocou a mão na cintura, numa demonstração de que poderia sacar a arma, quando Igor reagiu e começou a atirar.

"Não sei quantos tiros foram. Eu contei quatro, cinco, seis. Dizem que foi mais. Mas eu não sei, porque o susto que a gente levou foi grande", conta.

O comerciante afirma que foi o próprio Igor quem acionou a PM. Em aproximadamente cinco minutos, a equipe estava no local.

O corpo de Kruki tinha 11 perfurações, porém, ainda não foi esclarecido quantos tiros atingiram o ladrão. Algumas balas atravessaram o peito e o braço dele.

Após 24 anos de trabalho, Félix deixou o emprego para montar o próprio negócio. Ele afirma que não abandonará o projeto depois do que ocorreu ontem.

Todas as vítimas e uma testemunha prestaram depoimento na Corregedoria da PM.

Kruki era foragido da Colônia Penal Agrícola desde maio deste ano. Antes de ir para a unidade penal, ele já havia sido preso várias vezes, pelo menos desde 1996, a maioria por roubo.

Nos siga no Google Notícias