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Cidades

Pai diz que acionou MP para proteger as 2 crianças

Redação | 15/10/2010 10:04

"O que a sociedade espera. Que aconteça algo mais grave para buscar a justiça?". O questionamento parte do pai de uma criança de sete anos, que foi mordida por outro garoto, de oito anos, após uma discussão na quadra de um residencial, no Jardim São Bento, em Campo Grande.

A briga aconteceu no dia 5 de outubro e o pai, que é advogado, denunciou a situação ao MPE (Ministério Público Estadual). De acordo com ele, a intenção foi proteger as duas crianças. "Vai que aconteça uma agressão mais grave ou que o meu filho resolva revidar", afirma.

Ele relata que a criança que mordeu seu filho age de forma inesperada. "Isso não foi nem a primeira, nem segunda vez. Já deve ser a oitava". O advogado afirma que, em outra ocasião, seu filho estava desenhando com outras crianças no saguão, quando o mesmo menino passou, chutou seu filho e a folha de desenho. "São atitudes inesperadas, porque acontecem em meio a brincadeiras".

No dia 5, a babá da filha do advogado contou que um grupo de crianças chegou à quadra de esportes do condomínio e garoto de oito anos queria que o menino de 7 anos deixasse a quadra. Um terceiro menino interveio e disse que eles poderiam dividir a quadra. "Quando meu filho virou, foi mordido nas costas. A mãe do garoto fala em legítima defesa, mas como se defender de alguém que está de costas?".

A mãe do garoto, que é veterinária, relata que o advogado chamou seu filho de 12 anos de marginal e intimidou seu filho mais novo. O pai do garoto mordido nega que tenha brigado com as crianças. Ele conta que o síndico lhe orientou a registrar uma reclamação no prédio.

Desta forma, o síndico entraria em contato com os pais do outro garoto. "Mas no dia seguinte, a mãe ligou para o meu celular, com agressões verbais e com a versão fantasiosa de que o meu filho era o agressor. Então, comuniquei a questão ao MPE", afirma o advogado.

Ele também nega que haja tráfico de influência por ter parentesco com desembargador aposentado e um promotor. "Minha família só ficou sabendo quando a briga foi parar no jornal e na televisão".

Explicação -Ontem, a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) infirmou que vai cobrar explicações da 28ª Promotoria da Infância e da Juventude, por ter intimado a criança de 8 anos, sob ameaça de condução coercitiva. Por lei, menor de 12 anos é inimputável.

Por sua vez, a promotora Vera Bogalho afirma que não há ilegalidade na intimação. "O promotor pode ouvir criança, pode ouvir adolescente. A diferença é que para o adolescente se pratica medida sócio-educativa e para a criança é medida de proteção", afirma. Os nomes dos pais não foram divulgados para resguardar a identidade das crianças.

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