Pais de Dudu tem esperança agora de fazer sepultamento
Os pais do garoto Dudu, morto em dezembro de 2007, esperam que o julgamento de hoje do acusado de matar o menino, José Aparecido Bispo da Silva, signifique um ponto final na agonia que vivem desde o desaparecimento do menino, em dezembro de 2007. Eles nunca puderam sepultar os restos mortais e aguardam que agora, com o julgamento do principal acusado do crime, isso possa ser feito.
O corpo do Dudu, conforme as investigações, foi cortado em mais de 700 pedaços, incendiado, e enterrado em covas separadas. Restos de uma ossada que a polícia acredita ser de Dudu foram localizados, mas os exames não foram suficientes para a identificação pelo DNA.
Os pais do menino, Roberto Gonçalves e Eliane Aparecida Nascimento Martins, chegaram à 2ª Vara do Tribunal do Júri hoje acompanhado dos três irmãos de Dudu. Carregando cartazes, pediram justiça para a morte do filho, que se transformou em um dos casos mais rumorosos de Mato Grosso do Sul.
Por mais de um ano, a família de Dudu teve esperanças de localizar o garoto, até que, em março de 2009, a apreensão de um adolescente confirmou as suspeitas de que ele tivesse sido morto.
Hoje, Eliane e Roberto, que são separados, disseram que o momento é de dor, por reviver os momentos de tristeza pela morte de Dudu, mas também de expectativa de colocar um ponto final.
Como o plenário onde ocorre o julgamento está lotado, os dois ficaram em pé. Mais de 120 pessoas acompanham o júri, que não deve ser longo por não ter testemunhas arroladas.
